30 de dezembro de 2009

2010 - Ano Internacional da Biodiversidade

O ano de 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade e no final de uma ano e de uma década em que se assistiu a uma contínua degradação do património natural, apesar dos esforços das organizações ambientalistas para alertar a opinião pública e os decisores para a crise de extinções que enfrentamos, esperamos que essa designação das Nações Unidas sirva de alerta para a importância do cumprimento das metas sobre este tema.
Bom ano de 2010 para todos, com felicidade, paz e saúde.

27 de dezembro de 2009

Projecto de Promoção e Educação para a Saúde na RDS Seixal

A RDS Seixal (87.6 FM Seixal) vai emitir amanhã, dia 28 de Dezembro, uma entrevista com a coordenadora do Projecto Promoção e Educação para a Saúde da Escola Secundária da Escola secundária de Amora, Helena Correia.
A entrevista, conduzida pela jornalista Sandra e realizada no âmbito da colaboração do Projecto Promoção e Educação para a Saúde com o Gabinete Seixal Saudável da Câmara Municipal do Seixal, será emitido às 11 horas, com repetições às 21.30 do mesmo dia, 2.30 do dia seguinte e sábado seguinte às 14 horas.
Nesta breve entrevista aborda-se a temática da promoção da saúde em meio escolar, salientando-se a forma de promover comportamentos saudáveis entre a população escolar, áreas de intervenção e actividades dinamizadas, parcerias estabelecidas, envolvimento da comunidade escolar e resultados destas intervenções.

26 de dezembro de 2009

Escola mata a criatividade das crianças

Veja o vídeo desta fantástica conferência TED ou siga esta ligação para o sítio TED:

Dá que pensar ...

7 de dezembro de 2009

Por Favor ajudem o mundo!

Este vídeo assinala o primeiro dia da Conferência das Naçôes Unidas sobre as Alterações Climáticas, que decorrerá em Copenhaga de 7 a 18 de Dezembro.


Hoje, 56 jornais em 44 países dão o passo inédito de falar a uma só voz através de um editorial comum sobre Copenhaga. Fizeram-no porque a Humanidade enfrenta uma terrível emergência.
Se não nos juntarmos para tomar uma acção decisiva, as alterações climáticas irão devastar o nosso planeta, e juntamente com ele a nossa prosperidade e a nossa segurança. Desde há uma geração que os perigos têm vindo a tornar-se evidentes. Agora, os factos já começaram a falar por si próprios: 11 dos últimos 14 anos foram os mais quentes desde que existem registos, a camada de gelo árctico está a derreter-se, e os elevados preços do petróleo e dos alimentos no ano passado permitiram-nos ter uma antevisão de futuras catástrofes.
Nas publicações científicas, a questão já não é se a culpa é dos seres humanos, mas sim quão pouco tempo ainda nos sobra para conseguirmos limitar os danos.
Mas, mesmo assim, até agora a resposta a nível mundial tem sido frouxa e sem grande convicção.
As alterações climáticas estão a ocorrer desde há séculos, têm consequências que durarão para sempre, e as nossas perspectivas de as limitarmos serão determinadas nas próximas duas semanas. Exortamos os representantes dos 192 países reunidos em Copenhaga a não hesitarem, a não caírem em disputas, a não se acusarem mutuamente, mas sim a resgatarem uma oportunidade do maior fracasso político das últimas décadas. Não deverá ser uma luta entre os países ricos e os países pobres, ou entre o Oriente e o Ocidente. O clima afecta-nos a todos, e deve ser solucionado por todos.
A ciência é complexa mas os factos são claros. O mundo precisa de dar passos em direcção a limitar o aumento de temperatura a apenas dois graus centígrados, um objectivo que exigirá que as emissões de gases a nível global alcancem o seu máximo e comecem a diminuir durante os próximos cinco a dez anos. Um aumento superior, na casa dos três ou quatro graus centígrados – a subida mais pequena que podemos realisticamente esperar se ficarmos pela inacção –, secaria os continentes, transformando terra arável em desertos. Metade de todas as espécies animais extinguir-se-ia, muitos milhões de pessoas ficariam desalojadas, nações inteiras afundar-se-iam no mar. A polémica sobre os e-mails de investigadores britânicos, sugerindo que eles terão tentado suprimir dados incómodos, tem agitado o ambiente mas não causou mossa na pilha de provas em que estas previsões se baseiam.
Poucos acreditam que Copenhaga ainda consiga produzir um acordo completamente definido – progressos efectivos em direcção a um tal acordo apenas se poderiam iniciar com a chegada do Presidente Barack Obama à Casa Branca e a inversão de anos de obstrução por parte dos Estados Unidos. Mesmo hoje, o mundo vê-se à mercê da política interna norte-americana, pois o Presidente não se pode comprometer com as acções necessárias até o Congresso fazer o mesmo.
Mas os políticos presentes em Copenhaga podem, e devem, chegar a um acordo sobre os elementos essenciais de uma solução justa e eficaz e, ainda mais importante, um calendário claro para a transformar num tratado. O encontro das Nações Unidas sobre alterações climáticas do próximo mês de Junho em Bona (Alemanha) deverá ser a data-limite. Segundo um dos negociadores: “Podemos ir a prolongamento, mas não nos podemos dar ao luxo de uma repetição do jogo.”
No centro do acordo deverá constar um arranjo entre os países ricos e os países em desenvolvimento, determinando como serão divididos os encargos da luta contra as alterações climáticas – e como iremos partilhar um recurso novo e precioso: os milhões de milhões de toneladas de gases de carbono que podemos emitir antes que o mercúrio dos termómetros alcance níveis perigosos.
As nações ricas gostam de fazer notar a verdade aritmética de que não poderá haver solução até que gigantes em desenvolvimento como a China tomem medidas mais radicais do que têm feito até agora. Mas os países ricos são responsáveis pela maioria dos gases de carbono acumulados na atmosfera – três quartos de todo o dióxido de carbono emitido desde 1850. São eles que agora devem dar o exemplo, e cada país desenvolvido deve comprometer-se com cortes maiores, que dentro de uma década reduzirão as suas emissões para substancialmente menos que o seu nível de 1990.
Os países em desenvolvimento podem argumentar que não foram eles que criaram a maior parte do problema, e também que as regiões mais pobres do globo serão as mais duramente atingidas. Mas vão cada vez mais contribuir para o aquecimento, e por isso devem comprometer-se com as suas próprias medidas significativas e quantificáveis. Apesar de ambos não terem chegado tão longe quanto alguns esperavam, os recentes compromissos de objectivos de emissões de gases dos maiores poluidores do mundo – os Estados Unidos e a China – constituíram passos importantes na direcção certa.
A justiça social exige que os países industrializados ponham a mão mais fundo nos seus bolsos e garantam verbas para ajudar os países mais pobres a adaptarem-se às mudanças climáticas, e tecnologias limpas que lhes permitam crescer a nível económico sem com isso aumentarem as suas emissões. A arquitectura de um futuro tratado deve também ser definida – com um rigoroso acompanhamento multilateral, compensações justas pela protecção de florestas, e uma aceitável taxa de “emissões exportadas”, de modo que o peso possa ser partilhado mais equitativamente entre os que produzem produtos poluentes e os que os consomem. E a equidade requer também que a carga colocada sobre determinados países desenvolvidos tenha em conta a sua capacidade para a suportar: por exemplo, novos membros da União Europeia, muitas vezes mais pobres do que a “Velha Europa”, não devem sofrer mais do que os seus parceiros mais ricos.
A transformação será dispendiosa, mas muito menos do que a conta que se pagou para salvar o sistema financeiro internacional – e ainda muito mais barata do que as consequências de não fazer nada.
Muitos de nós, particularmente nos países desenvolvidos, teremos que alterar os nossos estilos de vida. A época dos voos de avião que custam menos do que a viagem de táxi para o aeroporto está a chegar ao fim. Teremos que comprar, comer e viajar de forma mais inteligente. Teremos que pagar mais pela nossa energia, e usar menos dessa mesma energia.
Mas a mudança para uma sociedade com reduzidas emissões de gases de carbono alberga a perspectiva de mais oportunidades do que sacrifícios. Alguns países já reconheceram que aceitar as transformações pode trazer crescimento, empregos e melhor qualidade de vida. Os fluxos de capitais contam a sua própria história: em 2008, pela primeira vez foi investido mais dinheiro em formas de energia renováveis do que para produzir electricidade de combustíveis fósseis.
Abandonar o nosso “vício de carbono” dentro de poucas décadas irá exigir um feito de engenharia e inovação que iguale qualquer outro da nossa História. Mas se a viagem de um homem à Lua ou a cisão do átomo nasceram do conflito e da competição, a “corrida do carbono” que se aproxima deverá ser norteada por um esforço de colaboração, de forma a alcançarmos a salvação colectiva.
Superar as mudanças climáticas exigirá o triunfo do optimismo sobre o pessimismo, da visão a longo prazo sobre as vistas curtas, daquilo a que Abraham Lincoln chamou “os melhores anjos da nossa natureza”.
É dentro desse espírito que 56 jornais de todo o mundo se uniram sob este editorial. Se nós, com tão diferentes perspectivas nacionais e políticas, conseguimos concordar sobre o que deve ser feito, então certamente os nossos líderes também o conseguirão.
Os políticos em Copenhaga têm o poder de moldar a opinião da História sobre esta geração: uma geração que encontrou um desafio e esteve à altura dele, ou uma geração tão estúpida que viu a calamidade a chegar, mas não fez nada para a evitar. Imploramos-lhes que façam a escolha certa.
O PÚBLICO (que publicou o editorial em português tal como aqui reproduzido) foi desafiado pelo jornal diário britânico The Guardian a participar neste projecto global. A ideia original de um editorial comum foi sugerida por várias pessoas envolvidas nas questões climáticas e tornada um projecto real por The Guardian. Foi com agrado que, ao longo dos dias, vimos o número de participantes crescer para 56 jornais de 44 países de todos os continentes. Aderimos por acreditarmos na urgência desta mensagem.
Saiba mais sobre a Cimeira das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas em Copenhaga visitando o blogue em português ou vá Esmiuçar Copenhaga

1 de dezembro de 2009

Dia Mundial de Luta Contra a Sida

O Dia Mundial de Luta Contra a Sida assinala-se hoje em Portugal com várias iniciativas para lembrar uma doença que, desde 1983, já infectou quase 35 mil pessoas no país e matou cerca de 25 milhões de pessoas em todo o mundo.
Este ano, o lema das comemorações é o "Acesso Universal e Direitos Humanos" e em Portugal o tema em discussão será o Vírus da Imunodeficiência Adquirida (VIH) no local de trabalho.
A Coordenação Nacional para a Infecção VIH/SIDA vai assinalar a data com a realização da III reunião do Conselho Nacional para a Infecção VIH/sida, na sala do Tratado de Lisboa, no Pavilhão Atlântico. A efeméride será assinalada também pela Liga Portuguesa Contra a Sida (LPCS) com a abertura da sua venda de Natal na Baixa de Lisboa para angariação de fundos e onde será prestada informação sobre o VIH/sida. Está também a decorrer, até ao dia 04 de Dezembro, o peditório nacional da Associação Abraço, com o tema "Um pequeno passo para si, uma grande ajuda para muitos".
A 31 de Dezembro de 2008, Portugal tinha 34 888 casos notificados, segundo o último relatório do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) sobre a situação epidemiológica da infecção VIH/Sida.
O maior número de casos notificados é de utilizadores de drogas por via endovenosa, representando 42,5% de todas as notificações, reflectindo a tendência inicial da epidemia no país.
O número de casos associados à infecção por transmissão sexual (heterossexual) representa o segundo grupo, com 40% dos registos e a transmissão sexual (homossexual masculina) apresenta 12,3% dos casos.
As restantes formas de transmissão correspondem a 5,2% do total. Os casos notificados de infecção VIH/SIDA que referem como forma provável de infecção a transmissão sexual (heterossexual) apresentam uma tendência evolutiva crescente.
O último relatório da ONU SIDA revela que desde o seu surgimento morreram cerca de 25 milhões de pessoas e 60 milhões foram infectadas, ainda que últimos oito anos as novas infecções tenham diminuído 17%.
Como já se tinha referido, Portugal apresenta uma taxa de novos casos de HIV/Sida entre os consumidores de drogas injectadas oito vezes superior à média europeia, de acordo com dados revelados em Bruxelas pelo director do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência.
No relatório Portugal é apontado como o pais onde surgiram mais casos (703) de infectados com Sida em 2006, muito à frente dos restantes estados, onde a Estónia ocupa o segundo lugar (191), seguida do Reino Unido (187), Alemanha (168) e Franca (167). Ainda no campo das doenças infecto-contagiosas contraídas por toxicodependentes, Goetz disse que mais de 40 por cento dos consumidores de droga injectável estão infectados pelo vírus da hepatite C, uma doença com uma elevada taxa de mortalidade e de tratamento difícil e muito demorado.
O director do OEDT salientou ainda que morre a cada hora na UE uma pessoa vítima do consumo excessivo de droga (overdose), o que totaliza entre 7.000 e 8.000 mortos anuais.
As estimativas do OEDT indicam ainda que um em cada quatro cidadãos da União, num total de 71 milhões, fumaram canábis - a droga mais consumida no espaço europeu - pelo menos uma vez na vida.
Contudo, o que mais preocupa os especialistas é o facto de quatro milhões de pessoas consumirem diariamente aquele tipo de droga.
O fulcro do problema da droga na Europa continua a ser a heroína, embora o seu consumo tenha estabilizado, afirmou Wolgang Goetz, salientando, em contrapartida o aumento da disponibilização de tratamento para os dependentes daquele opiáceo. Nos países da UE, disse, 600 mil pessoas sujeitam-se todos os anos a tratamento para se livrarem da dependência da heroína.
Saiba mais consultando o relatório da ONU SIDA.

28 de novembro de 2009

Substâncias causadoras de dependência e seus efeitos

O álcool é uma substância depressora do Sistema Nervoso central (SNC), ainda que tenha efeitos desinibidores. Tem origem em bebidas fermentadas ou destiladas logo o modo de administração é oral. Causa dependência tanto física como psicológica. Os efeitos da utilização habitual, ainda que dependentes do consumidor, do ambiente, da qualidade e da quantidade do álcool ingerido, incluem euforia, desinibição, descoordenação, redução da força e aumento do tempo de reacção. O consumo a longo prazo afecta as relações pessoais e familiares, provoca cirrose, danos cerebrais, depressão e psicose. Em última análise, o excesso de álcool pode provocar coma alcoólico e a morte.
A Canábis (Cannabis sativa) é uma planta da qual se extrai o haxixe (resina das flores e folhas), erva ou marijuana (flores e folhas) e o óleo de haxixe. O tetrahidrocanabinol (THC) é o componente químico responsável pela maior parte dos efeitos destas substâncias. A canábis pode ser fumada ou ingerida, causando dependência psicológica. A utilização habitual leva a relaxamenteo, sonolência, secura da boca, aumento da frequência cardíaca e da tensão arterial, euforia, diminuição das inibições, aumento do tempo de resposta e de apetite. A longo prazo, a canábis provoca debilitação física, falta de motivação, psicose, doenças pulmonares e cardíacas, bem como problemas de memória e aprendizagem. Uma dose excessiva de provocar alucinações e ataques de pânico.

cocaína é uma substância estimulante do SNC extraída das folhas do arbusto da coca (Erythroxylum coca). Esta substância tem geralmente o aspecto de pó branco, podendo ser injectada, inalada ou fumada  mas sempre causando enorme dependência psicológica. A sua utilização habitual provoca dilatação das pupilas, excitação, autoconfiança, irritabilidade, diminuição do apetite e aumento da pressão arterial e ritmo cardíaco. A longo prazo, leva a ulceração do septo nasal (quando inalada), psicose, ansiedade aguda, irritabilidade, depressão, paranóia, alucinações tácteis e insónia. Em caso de sobredosagem (overdose) causa agitação, agressividade, psicose cocaínica, síncope cardíaca, hemorragias cerebrais e tromboses.

O ecstasy, MD ou pastilhas, é uma substância sintética com efeitos estimulantes e psicadélicos, geralmente encontrada sob a forma de cápsulas ou comprimidos coloridos. O seu componente activo é a 3,4-metilenodioximetamfetamina (MDMA). A administração oral destes comprimidos causa dependência psicológica e a sua utilização habitual produz facilidade de comunicação, aumento de energia, elevação do humor, tensão muscular, perda de apetite, náuseas, aceleração do ritmo cardíaco e da tensão arterial, ansiedade, hipertermia e contracção dos músculos da mandíbula. A longo prazo, o seu consumo provoca depressão, cansaço e exaustão, perturbações do sono, paranóia, psicose, arritmia cardíaca, insuficiência renal aguda, hipertensão, lesões hepáticas e redução da imunidade. A overdose com ecstasy provoca desidratação, golpe de calor, agressividade, intoxicação, tudo agravado quando em conjunto com outras substâncias, como o álcool.

A heroína é uma substância depressora do SNC e um analgésico opiáceo muito poderoso. Tem origem na morfina, sustância produzida naturalmente na cápsula da flor da papoila dormideira Papaver somniferum. Apresentada geralmente sob a forma de pós branco ou castanho, a heróina pode ser inalada, fumada ou injectada, causando sempre enorme dependência, tanto física como psicológica. A sua utilização habitual alivia dores e ansiedade, causa bem-estar e euforia, para além de uma depressão do sistema respiratório. A longo prazo provoca letargia, obstipação, disfunções sexuais, amenorreia e um leque de doenças físicas por vezes muito graves (como a SIDA ou as hepatites) que levam frequentemente à morte. A overdose com heroína acentua a depressão do sistema respiratório, provocando edema pulmonar, baixa de temperatura, lesões renais e morte.

Acção Europeia sobre a Droga

Sabia que, na União Europeia, cerca de 12 milhões de pessoas consomem – ou já consumiram – cocaína? Sabia que, em média, um cidadão europeu morre de overdose por hora? Sabia que anualmente ocorrem 7 000 a 8 000 mortes provocadas pela droga na Europa? Em cada hora, um cidadão da UE morre de overdose? Surgem anualmente na Europa 3000 novos casos de SIDA ligados à droga, entre 1300 e 1700 milhões de pessoas na UE são consumidores problemáticos de opiáceos na UE e mais de um quinto (22 %) dos europeus adultos admitem já ter consumido canábis.
Confrontada com este grave problema, a Comissão Europeia lançou uma nova iniciativa de sensibilização e de informação, a «ACÇÃO EUROPEIA SOBRE A DROGA (AED)», cujo principal objectivo consiste em mobilizar a sociedade, sensibilizando as pessoas para o problema da droga na União Europeia. Em Portugal, esta Campanha será coordenada pela Oikos – Cooperação e Desenvolvimento, em parceria com a Representação da Comissão Europeia em Portugal.
A AED parte do princípio da «responsabilidade partilhada» e incentiva todos os intervenientes – grupos, particulares ou profissionais - a assinarem uma declaração através da qual se comprometem a agir de alguma forma para tentar resolver o problema da droga.
O seu apoio é fundamental!
Visite o site oficial e saiba todas as informações que necessita para particiapar em http://www.action-drugs.eu/

Hoje é "Dia internacional sem compras"

A organização ambientalista GAIA apela hoje aos portugueses para que não comprem nada e se juntem ao "Dia sem compras" que hoje se assinala em vários locais do mundo contra o consumismo desenfreado e os seus efeitos negativos no planeta.
O desafio é passar este sábado sem comprar nada, uma iniciativa que nasceu nos Estado Unidos há mais de uma década, para combater os efeitos da publicidade ao consumo, e que em Portugal é assinalada desde o início da década pela organização ambientalista GAIA - Grupo de Acção e Intervenção Ambiental.
João Aguiar, activista do GAIA, explicou à Lusa que o dia foi escolhido pelos norte-americanos, e "copiado" para Portugal, por ser no fim-de-semana a seguir à Acção de Graças e anterior ao Natal, um periodo que habitualmente regista um elevado consumo.
Em Portugal consume-se 3 vezes mais do que permitiria ter um planeta sustentável, disse-o publicamente o presidente da Oikos em 2007.
Este ano em Lisboa o Dia Sem Compras é celebrado com uma Marcha a sair da Praça da Figueira às 14h até ao Largo Camões. O percurso passa pela Rua Augusta, onde vai ser montado um teatro de rua, pela Rua do Carmo e Rua Almeida Garret, até ao Largo do Camões onde haverá nova representação do Teatro do Oprimido.
Na marcha praticipam também dois grupos de percussão: os Ritmos de Resistência (percusssão samba) e a Nação do Bairro (percussão maracatú).
Saiba mais visitando o site http://dia-sem-compras.gaia.org.pt/

21 de novembro de 2009

10 formas simples de se manter saudável e longe do H1N1 na época festiva

“Ainda que os centros comerciais superlotados e as festas aumentem o risco de ficarmos doentes nesta altura do ano, há muitas precauções que podemos tomar para o evitar”, diz Gillian Stephens, médica e professora de medicina familar na Escola de Medicina da Universidade de Saint Louis. Ela deixa-nos as 10 melhores formas de nos protegermos a nós e à nossa família durante a época festiva:
  • mantenha a distância - para muitos o Natal significa estar perto da família e amigos mas Stephens recomenda que nãos eja demasiado próximo. Os vírus da constipação e da gripe propagam-se através de gotículas emitidas pela boca e nariz, logo manter-se a a um metro ou metro e meio dos seus convidados (especialmente daqueles que pareçam doentes) diminui o risco de contaminação. Stephens também recomenda que se evite o contacto cara-a-cara quando se abraça alguém e que se dê atenção a artigos partilhados (telefone, comandos, maçanetas, etc.) pois o vírus pode permanecer activo em superfícies até 48 horas. 
  • lave as mãos frequentemente - a melhor gripe e constipação é aquela que não apanhamos, logo lave as mãos com água morna e sabão, especialmente antes de comer ou tocar nos olhos e nariz. 
  • cuidado com a mesa do buffet - as calorias não são as únicas a rondar a mesa do buffet, os vírus também lá andam. Se for o anfitrião reduza a sua presença servindo os pratos em porções individuais, se for convidado não retire nada directamente com as mãos.
  • não beba demasiado - o álcool está disponível em abundância nesta época mas Stephens recomenda um máximo de duas bebidas por dia pois do consumo excessivo podem resultar comportamentos perigosos. 
  • fique em casa se está doente - ninguém perder as festas mas faça um favor a si próprio e aos outros ficando em casa se não se sentir bem. Não deve haver problema em sair se tiver apenas uma constipação ligeira mas Stephens recomenda ficar em casa se os sintomas forem dores de garganta, tosse, febre ou dores no corpo. Se estiver em casa de familiares, peça imediatamente um quarto só para si.
Mas é claro que permanecer saudável na época festiva não se limita ao que se faz em festas e locais muito frequentados. Stephens recomenda outros cinco aspectos para um estilo de vida saudável nesta época do ano:
  • sono - evite a tentação de reduzir as horas de sono para fazer ainda mais nestes dias tão ocupados, perder uma ou duas horas de sono por noite pode desgastar o seu sistema imunitário e aumentar o seu nível de stress o que nos torna mais susceptíveis a adoecer. Manter uma rotina de sono regular também é muito importante para as crianças. 
  • dieta saudável - todos abusamos um pouco nesta altura do ano mas se o fizermos regularmente todos os dias atá ao Ano Novo pode-se facilmente ganhar 5kg. Antes de uma festa, Stephens recomenda que se coma uma maçã grande e se beba um grande copo de água. Na festa retire porções pequenas dos pratos ricos em calorias e complete com legumes e salada, guarde as calorias para os seus pratos preferidos. 
  • mantenha o nível de hidratação - o ar frio e seco seca as membranas mucosas, quebrando a barreira natural de protecção contra as infecções que elas representam. Para evitar adoeçer, beba muita água, especialmente quando em viagem. 
  • faça exercício - apesar da crescente lista de coisas a fazer, agora não é momento para interromper a sua rotina de exercícios. Ela vai ajudar a manter o seu peso nesta época de abusos e alivia o stress. 
  • saúde mental - o stress afecta o sistema imunitário e na escolha do presente perfeito ou na decoração da sala, muita gente, especialmente mulheres, colocam demasiada pressão sobre si próprios para criar o Natal perfeito para as suas famílias. 

17 de novembro de 2009

Dia Nacional do Não Fumador - a nossa liberdade termina onde começa a dos outros

Portugal segue uma tendência observada noutros países desenvolvidos do Sul da Europa, com declínio no consumo de tabaco nos homens e aumento nas mulheres ao longo dos últimos vinte anos.
Nos anos 90, a diminuição do número de mortes consolidou-se nos homens em todos os grupos etários mas  nas mulheres com idades entre os 35 e os 74 anos, a taxa de mortalidade por cancro do pulmão aumentou de forma constante (1,6 por cento/ano), não dando ainda sinais de abrandamento.
O cancro do pulmão é um dos tumores mais frequentes e mais letais em todo o mundo. Na Europa, em 2006, foi o terceiro cancro mais incidente, estimando-se que tenha contribuído para um quinto das mortes provocadas por cancro.
O consumo do tabaco é a principal causa desta doença, pelo que os peritos apelam à necessidade de continuar a "investir em campanhas de cessação tabágica dirigida a ambos os sexos e, especialmente, aos grupos etários mais jovens" para prevenir que comecem a fumar.
Os fumadores são também um grupo vulnerável ao vírus H1N1 e a probabilidade de desenvolverem complicações respiratórias devido à gripe é maior. Esta é a principal conclusão de um estudo realizado com vários pacientes em Hong Kong, na China, citado pela página do canal «Bloomberg». O estudo realizou-se em 27 pacientes com Gripe A. Nos 27 chineses que apresentaram complicações, como pneumonia e outras doenças graves, 12 eram fumadores ou já o tinham sido, de acordo com o que explicou Thomas Tsang, do Centro para a Protecção de Saúde de Hong Kong.
O número de cigarros consumidos, em média, diariamente, pelos portugueses é de 18, segundo um estudo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia. Segundo esta investigação, os portugueses começam, em média, a fumar aos 17 anos e param aos 40. O tempo de exposição, em média, é de 28 anos, sendo que cada português fuma, em média, 35 maços por ano.
O Dia Nacional do Não Fumador assinala-se hoje, quase dois anos depois de entrar em vigor uma lei que deveria reduzir o fumo em locais públicos mas que, segundo especialistas, não está a ser efectiva. A perita em tabagismo Sofia Ravara alertou que a aplicação da lei do tabaco "não está a ser efectiva" e a situação é "muito desigual" no país, havendo muitos cafés e restaurantes com fumo e ventilação insuficiente.  "Portugal não tem uma boa política de espaços sem fumo, a lei é ambígua e permite demasiadas excepções, e não está a ser efectiva porque também não está a ser fiscalizada." Segundo ela, muitos fumadores em tratamento têm recaídas por os ambientes sociais serem com fumo.
Um estudo da Universidade do Minho confirmava, já em 2006, que se os não-fumadores permanecerem várias horas em locais com fumo acabam por "fumar" vários cigarros por dia.
Segundo o coordenador deste estudo, nos restaurantes, um não-fumador acaba por fumar em média cerca de cinco cigarros em cada oito horas de exposição, contudo este número sobe para 15 cigarros se estivermos a falar de discotecas.
No que se refere aos edifícios da Administração Pública, como as câmaras municipais, assinalou-se uma redução da contaminação, uma diminuição que tem a ver com o facto de as pessoas fumarem menos nestes locais.
O fumo do cigarro é constituído por quase 5 mil substâncias tóxicas, das quais 80 são cancerígenas(a nicotina, o monóxido de carbono e o alcatrão, por exemplo).

15 de novembro de 2009

Abraço - porque a SIDA existe ...

... e continua a matar.
A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) é um conjunto de sintomas e infecções em seres humanos resultantes do dano específico do sistema imunológico ocasionado pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH ou HIV segundo a terminologia anglo-saxónica).
O alvo principal deste vírus são os linfócitos T CD4+, fundamentais para a coordenação das defesas do organismo. Assim que o número destes linfócitos diminui abaixo de certo nível (o centro de controle de doenças dos Estados Unidos da América define este nível como 200 por ml), o colapso do sistema imune é possível, abrindo caminho a doenças oportunistas e tumores que podem matar o doente.
Existem tratamentos para a SIDA/AIDS e o HIV que diminuem a progressão viral, mas não há nenhuma cura conhecida.
Assim, com o objectivo de continuar a alertar para os perigos desta Doença Sexualmente Transmissível, o Projecto de Promoção e Educação para a Saúde tem o prazer de anunciar a presença da Associação ABRAÇO na escola na próxima quarta-feira, dia 18 de Novembro de 2009, onde realizará uma palestra sobre o tema. A palestra decorrerá no Anfiteatro Grande e terá início às 15.15.
A ABRAÇO é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, uma organização não governamental sem fins lucrativos de prestação de serviços na área da SIDA.
Foi constituída por escritura pública em Junho de 1992, formalizando e dando continuidade ao trabalho de um pequeno número de voluntários que, desde Dezembro de 1991, prestava apoio psicológico, social e material a seropositivos internados na Unidade de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital Egas Moniz, e tentava melhorar as condições hospitalares.
Se quiser ajudar, inscreva-se como voluntário, contactando a coordenação de voluntários através do email voluntarios@abraco.pt, faça a consignação de IRS ou torne-se sócio individual por apenas 66€/ano. A ABRAÇO conta consigo!

7 de novembro de 2009

Formas de contágio e principais medidas prevenção da gripe A em contexto escolar

As medidas de prevenção da gripe A são muito importantes pois permitem:
  • diminuir o número de doentes e de mortes
  • diminuir a sobrecarga nos serviços de saúde devido a excesso de procura
  • diminuir a sobrecarga na escola devido ao excesso de absentismo.
O contágio da gripe A ocorre de forma semelhante ao da gripe sazonal. O vírus transmite-se directamente de pessoa para pessoa através de gotículas libertadas quando se fala, tosse ou espirra. Os contactos mais próximos (a menos de 1 metro) com uma pessoa infectada podem representar, por isso, uma situação de risco. 
O contágio pode também verificar-se indirectamente quando há contacto com gotículas ou outras secreções do nariz e da garganta de uma pessoa infectada, nomeadamente através de maçanetas das portas, teclados de computador, e outras superfícies de utilização pública. Estudos demonstraram que o vírus permanece activo várias horas nesse tipo de superfície (entre 3 e 8 horas), pelo é muito importante que sejam limpas regularmente.
O vírus pode ser destruído com qualquer produto comum de desinfecção doméstica, como água e sabão, detergentes, lixívia ou álcool. O vírus também é destruído pela acção do calor com temperatura superior a 75º centígrados.
O período de incubação da gripe A varia entre um e sete dias, após o contágio, e o contágio pode ocorrer enquanto existirem sintomas, o que nos leva a considerar, em média, um período crítico de cerca de 10 dias.
As principais medidas de prevenção em meio escolar (comuns a muitos outros contextos) consistem em:
  • lavar frequentemente as mãos com água e sabão (nomeadamente à chegada à escola, depois de tossir, espirrar ou assoar o nariz, após a utilização de teclados, ratos de computador ou outros materiais escolares de uso partilhado, antes das refeições, após a ida à casa de banho, à chegada a casa vindos da rua, após contacto com uma pessoa doente com sintomas gripais, ou com roupas ou objectos manuseados pelo doente);
  • usar lenço de papel para proteger tosse ou espirros, inutilizar o lenço e lavar imediatamente as mãos;
  • se não tiver lenço, tossir para o antebraço, nunca para as mãos!;
  • evitar tocar na boca, no nariz ou nos olhos sem ter as mãos lavadas;
  • evitar a proximidade de pessoas com sinais de doença gripal (manter uma distância superior a 1 metro sempre que possível);
  • evitar locais muito frequentados;
  • limpar frequentemente as superfícies de trabalho, teclados, maçanetas de porta, etc.;
  • arejar as salas de aula todos os intervalos, bem como os espaços interiores.
Para saber mais, consulte também Sintomas da Gripe A e Alimentação em tempo de gripe.

Alimentação em tempos de gripe

A gripe é uma doença que requer cuidados alimentares relativamente simples.
No caso de pessoas saudáveis, que não sofrem de doença crónica, a hidratação é o principal cuidado a ter em conta: a febre alta, vómitos, diarreia e tosse provocam naturalmente desidratação, o que piora o estado do doente. É portanto fundamental manter o corpo bem hidratado. As pessoas com doenças crónicas (por exemplo diabetes, asma, obesidade, doença cardíaca, etc.) têm também que se preocupar com a hidratação, mas devem sempre seguir as indicações do médico de família, que terá em consideração esse facto.
Frequentemente quem está com gripe sente astenia, isto é, fraqueza, cansaço e falta de apetite. Mas, deixar de comer enfraquece ainda mais o doente e dificulta a sua recuperação. Tudo se agrava porque quanto mais fraca e cansada uma pessoa se sente, menos come.
Para quebrar este ciclo vicioso deve-se procurar comer em pequenas quantidades mas frequentemente. Neste contexto, e pela importância que já foi mencionada, a hidratação também deve seguir este padrão através de diversas bebidas e alimentos:
  • água simples ou aromatizada (com limão, canela …);
  • tisanas ou infusões (tília, camomila, erva cidreira…..);
  • sumos de fruta naturais ou néctares de fruta;
  • leite e/ou iogurtes e outros leites fermentados;
  • sopa, de preferência de hortaliças e legumes;
  • fruta.
No entanto, nem sopa nem as diversas bebidas devem estar demasiado quentes, para que não provoquem calor e o doente transpire ainda mais. Pode, por exemplo, preparar as tisanas e infusões e deixá-las arrefecer em recipiente tapado, para ir bebendo ao longo do dia.
Beba sempre que tiver sede e beba mesmo que não a tenha! Com febre, a ingestão deve ser superior a 3,7 litros para homens e 2,7 litros para mulheres, ou seja, cerca de 16 a 12 copos por dia, respectivamente.
Registe-se, no entanto, que nem todas as bebidas hidratam. Pelo contrário, as bebidas com álcool (fermentadas ou destiladas) desidratam pois o álcool etílico reduz a produção de hormona anti-diurética e aumenta assim o débito urinário. Para além disso provoca vasodilatação e transpiração. Também as bebidas demasiado açucaradas não contribuem para hidratar.
Saiba mais consultando Alimentação em tempo de gripe da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto

Sintomas da Gripe A

Os principais sintomas da gripe A H1n1 podem ser resumidos pela imagem ao lado e podem ser confundidos com os de uma simples constipação ou com os da gripe sazonal.
As pessoas em maior risco de complicações graves são os idosos com mais de 65 anos, as crianças com menos de 5 anos, mulheres grávidas e todos os que apresentem complicações crónicas, como asma, diabetes, obesidade, problemas cardíacos ou sistemas imunitários fragilizados (como pacientes que tomam medicamentos imunodepressivos ou com SIDA).
Tal como no caso da gripe sazonal, certos sintomas podem exigir atenção médica de emergência. Nas crianças, atenção redobrada para sinais de perturbações respiratórias, a pele e lábios azulados, desidratação, respiração acelerada, sono excessivo ou irritabilidade. Nos adultos, falta de ar, dores no peito ou abdómen, tonturas repentinas ou confusão podem também indicar necessidade de tratamento médico de emergência.
Tanto em crianças como em adultos, vómitos persistentes ou o retorno de sintomas de gripe, como tosse e febre, podem significar complicações que exigem tratamento médico.
Alguns peritos consideram que pessoas com doenças crónicas que apresentem sintomas de gripe devem consultar os seus médicos antes de se dirigirem a uma emergência hospitalar cheia de pessoas doentes, pois podem colocar-se em maior risco desnecessariamente. Esta situação é particularmente verdade para mulheres grávidas.
As infecções pelo vírus da gripe podem degenerar em casos de pneumonia, uma situação potencialmente mortal. A maioria das mortes até agora associadas à gripe A H1N1 foram atribuídas a pneumonias.
Saiba mais sobre a gripe A visitando o Portal da Saúde - Vírus da Gripe A (H1N1)

2 de novembro de 2009

Rastreio à acuidade visual da comunidade escolar

Entre 12 e 22 de Outubro a empresa Essilor Portugal levou a cabo um rastreio de Acuidade Visual aos alunos, aos professores e aos restantes elementos que compõem a comunidade escolar. Esta acção teve como principais objectivos despistar anomalias visuais e, caso existam, encaminhar o examinado para um especialista a fim de ser sujeito a um exame mais cuidado e ser indicada uma solução.
Eis algumas questões que colocámos aos técnicos da empresa:

1. Há quantos anos está a Essilor em Portugal?

A Essilor International S.A. é uma companhia francesa sediada em Paris, produtora de lentes e aparelhos oftalmológicos. Mirão Júnior, que em 1961 se tornaria distribuidor da sociedade francesa Essel. Paralelamente, é constituída em 1955 a Solf, filial da Silor.
Em 1970, é criado em Portugal pela Essilor® o primeiro laboratório de lentes de prescrição em matéria mineral e orgânica. Em 1989, ocorre a fusão das empresas representantes da Essel e da Silor, constituindo-se então a Essilor Portugal.

2. É prática comum da empresa participar neste tipo de iniciativa em contexto escolar?

Este rastreio foi gratuito, inserindo-se numa acção a nível nacional que a Essilor tem vindo a realizar e promovido na Escola Secundária de Amora pelo Projecto de Promoção e Educação para a Saúde. Para que este se concretizasse, a Essilor disponibilizou um técnico devidamente credenciado e o aparelho de despistagem visual.

3. Qual a importância da realização regular de rastreios à visão?

A ambliopia, patologia visual que mais afecta as crianças portuguesas, é quase sempre tratável, mas o diagnóstico e a terapêutica chegam muitas vezes demasiado tarde para permitir uma recuperação total. O problema está no topo das prioridades do Programa Nacional para a Saúde da Visão, cujos principais objectivos são reduzir os problemas de visão não diagnosticados e prevenir a cegueira. Em oftalmologia, a prevenção da doença é o diagnostico.

4. As crianças e jovens têm necessidades específicas relativamente à visão?

As crianças têm necessidades especiais porque a sua morfologia é diferente da dos adultos: nariz achatado, ossos faciais frágeis, pele sensível, bochechas redondas, pequena distância naso-pupilar.
Os olhos das crianças são mais sensíveis e vulneráveis às radiações UV nocivas, uma vez que possuem grandes pupilas e um cristalino extremamente transparente. Antes dos 12 anos, o cristalino não tem capacidade para desempenhar eficazmente a sua função protectora.

5. Quais os principais problemas visuais que o rastreio já detectou entre os alunos da escola?

As principais anomalias visuais das crianças são a miopia (visão de longe difícil), a hipermetropia (dificuldade na visão de perto) e o astigmatismo (visão desfocada).
A criança pode igualmente ser afectada por uma deficiência de visão das cores ou por uma ambliopia, uma anomalia mais grave, mas felizmente mais rara, e sobretudo reversível se for tratada a tempo.
A ambliopia é geralmente consequência de um estrabismo (olho "torto") ou de uma anomalia visual acentuada num dos olhos, que se torna "preguiçoso' o cérebro habitua-se a não o utilizar, e o olho funciona cada vez pior.
Quanto mais precoce for a despistagem desta deficiência, maior a probabilidade de recuperação. Relativamente à visão, a prevenção é a "atitude chave" para que o futuro dos mais jovens não fique comprometido.

6. De que forma a escola pode contribuir para a despistagem e encaminhamento desses problemas?

Estar atento aos comportamentos da criança relativamente ao modo como observa o mundo que a rodeia é fundamental. Alguns sinais de alerta:
• Franze os olhos para ver com nitidez ao longe?
• Escreve ou lê muito perto do caderno ou dos livros?
• Sente dores de cabeça sem causa aparente?
• Troca letras ou números?
A consulta a um especialista poderá esclarecer se existe a necessidade de algum tipo de compensação ocular. Uma escolha adequada do tipo de lentes facilitará a adaptação da criança aos óculos.
A qualidade visual pode ser determinante para o rendimento escolar: 90 por cento da aprendizagem está relacionada com a visão.

7. É verdade que o número de horas que passamos em frente à televisão e computador é prejudicial à saúde dos nossos olhos?

Quando estamos a conversar com alguém piscamos os olhos em média 22 vezes por minuto mas quando estamos a ler piscamos cerca de 12 vezes por minuto e frente ao computador piscamos cerca de 5 vezes por minuto. A nossa concentração diminui o pestanejar e isso aumenta a fadiga ocular e sensação de areia nos olhos, que pode, eventualmente conduzir a inflamações.

8. Uma dica para melhorar a saúde dos nossos olhos.

Para diminuir a fadiga ocular quando se trabalha ao computador, coloque o monitor abaixo do chamado horizonte ocular, para que a pálpebra cubra maior área do olho. Regule a iluminação de forma a que não seja demasiado intensa e não atinja directamente os olhos, permitindo um contraste com os monitores de computador e/ou televisão, evitando os reflexos.
e, muito importante, não se esqueçam de manter as lentes dos óculos sempre limpas e sem riscos.

30 de outubro de 2009

Dia Mundial de Luta Contra o Cancro da Mama - pensa cor-de-rosa!

Todos os anos surgem 4500 novos casos de cancro da mama em Portugal que acabam por vitimar 1600 mulheres,uma média de cinco por dia, alerta a Liga Portuguesa contra o Cancro (LPCC) a propósito do Dia Nacional contra esta doença, que se assinala hoje.
A incidência desta doença continua a aumentar em Portugal, sendo a primeira causa de morte por cancro nas mulheres.

Segundo o presidente da Liga, Vítor Veloso, a doença vai ter ainda um “aumento exponencial” a nível mundial nas próximas duas décadas. Este crescimento, de “pelo menos mais 50 por cento de novos casos”, dever-se-á aos estilos de vida, mas também ao aumento da esperança de vida, explicou.
Atenta a esta situação, a Comissão Europeia voltou a apostar na necessidade da sensibilização, educação e rastreio, que permite reduzir em 30 por cento a mortalidade por cancro.
“Ainda não atingimos a população toda e aparecem-nos cancros da mama em estádios muito avançados, por não haver uma abrangência total da população. Mas penso que esse número vai diminuir cada vez mais”, referiu o clínico relativamente ao caso de Portugal.
Neste sentido, há uma “coordenação total” e protocolos entre a LPCC e o Direcção Geral de Saúde que permitirão que seja feito o rastreio de todas as mulheres portuguesas nos próximos dois anos.
 
O cancro da mama é tão limitado:
  • não consegue secar o amor;
  • não consegue despedaçar a esperança;
  • não consegue corroer a fé;
  • não consegue destruir a paz;
  • não consegue matar a amizade;
  • não consegue suprimir memórias;
  • não consegue invadir a alma;
  • não consegue apagar a chama da vida eterna;
  • não consegue conquistar o espírito.


25 de outubro de 2009

350 - Dia Internacional de Acção Climática


As Alterações Climáticas deixaram de ser apenas uma ameaça para se converterem em realidade, quando certos fenómenos como o degelo do Árctico, a seca ou os fenómenos climáticos extremos se tornaram inequívocos.
Actualmente, alguns efeitos prejudiciais das Alterações Climáticas são inevitáveis, mas ainda é possível controlar a sua dimensão, o que no entanto exige uma acção imediata.
O dióxido de carbono é o principal gás de efeito de estufa, sendo em grande medida responsável pelas Alterações Climáticas e seus efeitos, entre os quais se destaca a subida da temperatura. Assim, o primeiro e mais importante passo a dar neste momento é controlar a concentração de CO2 na atmosfera. Vários estudos indicam que 350 ppm é a concentração atmosférica máxima de CO2 para evitar fenómenos globais catastróficos e alterações drásticas, como a subida da temperatura em mais de2ºC.
Actualmente, a concentração do CO2 na atmosfera já atingiu os 390 ppm, de modo que o primeiro passo é controlar as emissões para que os mecanismos naturais de absorção do planeta possam actuar para a reduzir.
O movimento 350.org surgiu com o objectivo de consciencializar a população mundial e mobilizá-la numa iniciativa de dimensão histórica de manifestação da vontade pública de que os líderes mundiais se comprometam claramente na luta contra as Alterações Climáticas, através da adopção do objectivo dos 350 ppm de CO2 na atmosfera.
Ontem, 24 de Outubro, foi o dia Global da Acção Climática, e nele decorreram mais de 4500 acções em 177 países, organizadas pela 350.org para exigir aos líderes políticos a acção eficaz no combate às Alterações Climáticas.
Este dia celebrou-se cerca de seis semanas antes da Conferência do Clima das Nações Unidas em Copenhaga, onde se deverá assinar um acordo sucessor do Protocolo de Quioto e que estabelecerá as novas metas de redução de emissões dos gases de efeito de estufa.
A Quercus e o Condomínio da Terra associaram-se à 350.org com acções em Lisboa (Padrão dos Descobrimentos), em Gaia (tabuleiro superior da Ponte D. Luís) e em Montemor (Herdade do Freixo do Meio) que culminaram com a formação de um 350 humano.
Já o CEAI e o Agrupamento de Escolas da Amareleja, em colaboração com as padarias da região, distribuíram 350 pães em sacos de papel fechados com etiquetas contendo diferentes mensagens apelando à segurança climática. O dia foi marcado também por um percurso de bicicleta entre a Amareleja e a Estação Biológica do Garducho, onde foram emitidos 5 minifilmes dedicados às Alterações Climáticas com a duração simbólica de 350 segundos.

18 de outubro de 2009

Roadtour Oceanos em Perigo da Greenpeace

A associação ambientalista Greenpeace, com o apoio de onze organizações não-governamentais nacionais, começou sexta-feira passada uma campanha de sensibilização contra a pesca em águas profundas, uma actividade que quer ver proibida pelo Governo português e condenada pelos consumidores que compram peixe nos supermercados.
“Um dos objectivos da campanha é pedir ao Governo português para assumir a sua responsabilidade nesta matéria específica”, afirma Lanka Horstink. Segundo a coordenadora da Campanha dos Oceanos da Greenpeace em Portugal, é urgente “sensibilizar os consumidores para pedirem aos retalhistas para tirarem das prateleiras tudo o que é peixe de profundidade de alto mar” e também “pedir directamente aos retalhistas que deixem de comercializar essas espécies e que considerem uma política de compra que permita ao consumidor chegar ao supermercado e comprar o seu peixe descansadamente”.
Para a coordenadora da campanha da Greenpeace, há maneiras de fazer uma gestão mais sustentável da pesca . “O que nós estamos a pedir é que não pesquem peixes de crescimento lento, que vivem até aos 70, 100 anos, porque isso nunca pode ser sustentável. Pesquem peixes com ciclos mais rápidos que renovem a sua população em três anos”.
A associação ambientalista afirma que a pesca em grande profundidade é uma das práticas mais destrutivas e insustentáveis e representa, actualmente, a maior ameaça à biodiversidade dos oceanos profundos. Sobretudo a pesca de arrasto, que põe em causa a manutenção de espécies como o alabote da Gronelândia, o tamboril e os tubarões de profundidade. Uma rede de arrasto pode varrer uma área do tamanho de cinco mil campos de futebol numa única viagem, tudo para 80% das capturas serem novamente atiradas ao mar, morta ou moribunda.

Portugal é o oitavo país do mundo no top da pesca de profundidade em alto mar e, na União Europeia, Portugal, França e Espanha são os países com maiores frotas de pescas de profundidade em águas internacionais.
Margarida Castro, bióloga marinha, explica que este tipo de pesca deve ser proibida, “porque há uma grande destruição de ecossistemas sensíveis que levam muito tempo a recuperar-se”. De acordo com a investigadora, “o que se pede é que se proíba o arrasto em particular, que é uma arte com bastantes impactos negativos. Estas são águas de todos e têm de ser protegidas”.
Segundo Margarida Castro, “a maior parte das espécies que são destruídas nem são espécies de interesse comercial”, daí que um dos grandes problemas desta pesca seja a pequena proporção de captura que utiliza. “Depois há espécies de profundidade que são alvo da pesca comercial e que são o problema, como é o caso do peixe relógio, que foi recentemente descoberto no Pacífico e como é uma espécie de crescimento lento, a pescaria sobreviveu 10 anos até acabarem com ele. Depois foram descobertas populações de peixe relógio no Atlântico e aconteceu o mesmo”, exemplifica a investigadora.
No próximo mês de Novembro, a Assembleia Geral das Nações Unidas vai decidir sobre o futuro da resolução adoptada em 2006 para proteger a vida marinha profunda em águas internacionais e que ainda não foi implementada.

É importante que “Portugal olhe para este tema dos recursos pesqueiros como uma questão estratégica para que a actividade económica que actualmente se desenvolve nessa área se possa manter por muitas décadas”, explica a presidente da Quercus, Susana Fonseca.
Até dia 29 de Outubro, a Greenpeace vai estar em oito cidades de norte a sul do país, para alertar os consumidores portugueses para a destruição dos habitats profundos em alto mar e pressionar as grandes cadeias de distribuição alimentar a terminar a venda de espécies de peixe de profundidade. A Roadtour “Oceanos em Perigo” inclui uma exposição de fotografias sobre as profundezas do oceano, vai estar segunda-feira em Setúbal, dia 21 em Faro, 24 em Coimbra, 26 em Aveiro, 28 em Gaia e termina dia 29 no Porto. Ontem, sábado, passou por Almada, onde foram tiradas as fotografias que acompanham esta entrada.

Overfishing from greenforum on Vimeo.
Sabe mais sobre esta campanha no site da Greenpeace Portugal e vê mais fotografias da etapa de Almada da Roadtour aqui.

17 de outubro de 2009

Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza

Assinala-se hoje o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, numa altura em que 18% dos portugueses são pobres. Uma realidade que as instituições de apoio social dizem estar a agravar-se.
Segundo a Assistência Médica Internacional (AMI), os seus centros Porta Amiga apoiaram no primeiro semestre deste ano mais 10 por cento de pessoas do que no mesmo período do ano anterior: "Estes valores demonstram uma nítida tendência para um crescente número de casos de pobreza persistente. A grande maioria destas pessoas encontra-se em plena idade activa, entre os 21 e os 59 anos de idade."
Além disso, a AMI destaca que há cada vez mais novos casos de pobreza. No primeiro semestre deste ano "foram 1836 as pessoas que recorreram pela primeira vez ao apoio social da AMI, mais 24 por cento do que no mesmo período no ano anterior".
Também a Rede Europeia Anti-Pobreza se manifesta preocupada com a situação em Portugal, onde afirma que 18 em cada 100 pessoas vivem na pobreza: “O número europeu que serve de referência para definir a pobreza equivale a um vencimento mínimo mensal de 406 euros mensais. Quem tiver um rendimento inferior a 406 euros é pobre”, explica Agostinho Jardim Moreira, presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza (REAP).
Num comunicado, a REAP sublinha que “os idosos e as crianças e jovens são os grupos etários com maior taxa de risco de pobreza em Portugal. A “vulnerabilidade à situação de pobreza” é de 26 por cento para os idosos e de 21 por cento para pessoas com menos de 17 anos, indica.
A mesma instituição destaca a desigualdade em matéria da distribuição de rendimento como um dos principais problemas: "Em 2008, 20 por cento da população com maior rendimento recebia aproximadamente 6,1 vezes o rendimento dos 20 por cento da população com o rendimento mais baixo”.
“Só a existência de empregos e de salários pode quebrar os ciclos de pobreza que estão criados e reestruturar as famílias, permitindo-lhes mandar os filhos à escola, cuidar dos idosos e viver com dignidade”, referiu Jardim Moreira, sabendo-se que a taxa de desemprego subiu este anos quase 2% em Portugal.
Também a AMI regista que a maioria da população que recorreu aos centros Porta Amiga no primeiro semestre se encontra em situação de desemprego (80 por cento), "tendo como principais recursos os subsídios e apoios institucionais e o apoio de familiares ou amigos".
O serviço que registou mais procura entre as mais de cinco mil pessoas que, nos primeiros seis meses de 2009, pediram ajuda à AMI, foi o da distribuição de géneros alimentares, roupa e medicamentos.

Dia Mundial da Alimentação - Segurança alimentar em tempo de crise

Algures num país ocidental, um porco está a ser criado numa gaiola ínfima, empilhado com outros porcos de tal forma que é necessário cortar-lhes as caudas para que não se mordam uns aos outros. Para impedir que adoeça nestas instalações exíguas, está carregado de antibióticos e os resíduos que ele e os seus milhares de irmãos produzem são conduzidos a lagoas de estrume que poluem o ar e a água das zonas vizinhas.
A base da sua alimentação é milho produzido com a ajuda de subsídios governamentais e milhões de toneladas de fertilizantes químicos. Quando é abatido, com cerca de 5 meses de idade, vai tornar-se numa miríade de produtos de baixo custo que alimentam o vício em carne que tanto contribui para a epidemia de obesidade que aflige o mundo ocidental. Quando as chuvas vierem, o excesso de fertilizantes que estimularam tanto milho a crescer será lixiviado para as bacias hidrográficas e acabará no oceano, ajudando a criar zonas anóxicas que matam milhões de peixes.
As histórias de horror da indústria alimentar já nos são familiares mas ultimamente as coisas melhoraram bastante, e, de algumas formas, pioraram bastante. Os países ocidentais são capazes de produzir quantidades quase ilimitadas de carne e cereais a preços espantosamente baixos mas com custos elevados para o ambiente, animais e o próprio Homem. Esses custos escondidos são a erosão das terras férteis, galinhas poedeiras mantidas em gaiolas tão pequenas que não conseguem abrir as asas e a preocupante emergência de bactérias resistentes aos antibióticos entre os animais de criação. Acrescente-se a aceleração do aquecimento global, pois o sistema alimentar ocidental de utilização intensiva de energia usa mais de 20% dos combustíveis fósseis, mais que qualquer outro sector da economia.
Mas talvez o pior seja que a nossa alimentação é cada vez pior para nós. Um sistema de produção de alimentos que gera comida barata e que enche literalmente à custa dos produtos mais saudáveis é a principal causa da epidemia mundial de obesidade, que acrescenta milhares de milhões de euros às contas médicas ocidentais.
Entretanto, num país africano ou asiático, milhões de pessoas não têm o suficiente para satisfazer as suas necessidades nutritivas mais básicas.
Num momento em que a crise económica global domina as notícias, o mundo tem que ser recordado de que nem todos trabalham em fábricas e escritórios: a crise está a rondar as pequenas quintas e áreas rurais, onde vive e trabalha 70% dos que passam fome.
Com um aumento estimado de 105 milhões de pessoas a passar fome em 2009, existem agora 1,02 mil milhões de pessoas sub-nutridas no mundo, quase um sexto da Humanidade está, por isso, a passar fome.
No final desta Semana Mundial da Alimentação e no Dia Mundial da Alimentação de 2009, é nosso dever reflectir sobre esses números e sobre o sofrimento humano que lhes está subjacente. Temos o conhecimento necessário ao combate à fome, temos capacidade de encontrar dinheiro para resolver os problemas que consideramos importantes.
Vamos então trabalhar juntos para garantir que a fome seja reconhecida como um problema crítico e vamos resolve-lo para sempre.

Clique aqui e aqui para descarregar o folheto Viva Saudável, Viva Feliz.

16 de outubro de 2009

Análise dos Inquéritos sobre Alimentação realizados à população escolar

Este relatório tem como objectivo apresentar os resultados de todos os inquéritos validados. A sua apresentação será feita com a identificação da população inquerida e validada pelo programa SPSS, os comentários serão feitos individualmente e exaustivamente descrevendo a percentagem mais relevante para cada uma das perguntas aplicadas.
Em anexo seguem as frequências analisadas através do programa SPSS, bem como a percentagem validada para cada uma das alíneas das respectivas perguntas.
Este relatório foi elaborado baseado em 99 inquéritos validados.

1)Identificação da amostra:

• Dos 98 inquéritos validados 58 são do género masculino e 40 do género feminino;
• Há um predomínio de 24 alunos com 16 anos de idade, 17 alunos com 17 anos de idade, 13 alunos com doze anos de idade e os restantes foram distribuídos ente os 11 e 45 anos de idade (Professor certamente);
• Quanto à questão se tem alguma doença que lhe impossibilite de comer algum alimento: 95.7% referiu que não num universo de 92 inquéritos.

2)Hábitos alimentares de 101 relatórios validados:

1. O pequeno-almoço é feito 5-7 vezes por semana em 68.3% e 6.9% referiu que nunca o faz; 85 % toma em casa e 5 % na escola/bar;
2. A refeição do meio da manhã é feita 5-7 x por semana em apenas 23% e 27% referiu nunca a faz; 31 % não respondeu e 30% fá-la na escola;
3. O almoço é tomado 5-7/semana em 82% dos casos e 7% referiram que nunca o faz, 70 % em casa e 10% na escola;
4. O lanche 50 % toma 5-7 vezes por semana e 7 % nunca o faz, 59% em casa e 15% na escola;
5. Jantar, tal como o almoço, é feito 81% durante 5 a 7x/semana e 6% nunca o faz, 86% é feito em casa;
6. A ceia 13% nunca faz e 31% fá-lo 5-7/semana.
7. O pequeno – almoço e feito em casa por 85% dos 100 inquiridos, o Meio-da-manhã é feito na escola/bar por 30% e 31% não respondeu, almoço é feito por 70 % dos inquiridos em casa, o lanche é feito por 59% dos inquiridos em casa e o jantar é feito por 86% inquiridos em casa;
8. Quanto a questão quantas vezes costuma comer a refeição fora de casa dos 100 inquiridos validados, no que refere ao pequeno-almoço 50% respondeu nunca, meio da manhã 21% nunca e 20 % 2-4vezes/semana, quanto ao almoço 35% nunca e 20% 1 vez por semana, quanto ao lanche 32% nunca e jantar 40% nunca;
3)Frequência dos consumos alimentares:

1. 78.8% consome leite meio gordo e 15.2% dos inquéritos validados consome leite magro;
2. Leite simples é consumido 5-7/semana em 27.3% dos casos e 23.2% consome 2-3 por dia;
3. Leite com chocolate dos 100 inquéritos validados: 24% nunca consome e 22% 2-4/semana;
4. Leite com café dos 99 inquéritos validados 39.4% nunca consome e 25.3% 1-3/mês;
5. Tipo de iogurte: 61.5% consome com aromas/pedaços e apenas 8.3% consome magro; o iogurte é consumido 2-4/semana em 30.6% dos casos e 5-7/semana em 27.6% dos casos, apenas 6.1% consome 4 ou +/dia;
6. Carne de vaca 34.3% referiu que consome 1 vez/semana e 33.3% 2-4x / semana;
7. Carne de porco é consumida com maior frequência: 44.4% referiu 2-4 vezes/semana e 7,1 % nunca consome;
8. Aves: 50.5% consome 2-4x/semana e apenas 1% diz que nunca consome;
9. Coelho: 39.8% nunca consome e 44.9% 1-3x/mês;
10. Salsichas: 33.3 % referiu consumir 1-3x/mês e 21.2% consome salsichas 2-4 p/semana;
11. Enchidos: 44.9% consome 1-3 vezes p/ mês e 24.5% nunca consomem, mas ainda 21.4% referiu consumir 1 x /semana;
12. Bacon: 47.4% nunca consome;
13. Peixes magros: pescada, dourada, solha, Abrótea - 7.3% nunca consome, 36.5 % 2-4x/semana e 25% 1-3 x/mês;
14. Peixes gordos: salmão, sardinha: 43.9% 1-3x /mês e 17.3% nunca consomem;
15. Atum em conserva: 36,4% consome 1-3x/mês e 32% uma vez por semana;
16. Bacalhau: 49.5% 1-3 por mês e apenas 22.2% 1 por semana;
17. Moluscos: 50.5% consome 1-3 p/mês e apenas 15.5% 1p/semana;
18. Mariscos: 55.7% consome 1-3 p/mês e apenas 10.3% 1 p/semana;
19. Ovos são consumidos mais frequentemente: 31.6% (1 por semana) e 32.7% 2-4 por semana;
20. Rissóis/croquetes/pastéis de bacalhau: 47.5% 1-3 por mês e 1 por semana 16.2% e 19.2% 2-4/semana;
21. Cachorro: 42.4% referiu que nunca consome e 36.4% 1-3/Mês;
22. Sandes de atum e frango: 41.4% 1/semana e 23.2% nunca consomem;
23. Pizza: 52.5% 1-3/mês e 15.2% 1/semana;
24. Hambúrguer: 49.5% consome 1-3/mês e 16.2% 1/semana;
25. Folhados e merendas: 42.7% 1-3 p/mês e 25% 1 p/semana;
26. Refeições pré-preparadas: 39.4% 1-3/mês e 19.2% 1/semana;
27. Lasanhas, canellonis, esparguete à bolonhesa: 53.5% 1-3/mês e 20.2% 1/semana;
28. Pão: 2-4/semana 27.3% e 5-7/semana tb. 27.3%;
29. Croissant e pão-de-leite: é consumido com maior frequência: 22.2% 1-3/mês, 20.2% 2-4/semana e 28.3% 5-7/semana;
30. Cereais de pequeno-almoço: 21.4% 5-7/semana e 16.3% 2-4/semana;
31. Manteiga: 29.3% 2-4/semana e 14.1% 1/semana;
32. Queijo: 11.1% 1-3/mês, 19.2% 2-4/semana e 14.1% 5-7/semana;
33. Fiambre: 21.2% consome 2-4/semana e 13.1% consome 2-4/semana
34. Mistos (queijo e fiambre): 18.2% consome 5-7/semana e 16.2% 2-4/semana;
35. Doce/marmelada: 27.3% não respondeu e 24.2% afirmou que nunca come;
36. Papas não lácteas: 44.4% referiu que nunca come e 22.2% 1-3 taças/mês;
37. Papas lácteas: 50.5% nunca consome e 17.2% 1-3/mês;
38. Arroz: 38.4% consome 2-4 vezes /semana e 23.2% 5-7/semana;
39. Massa - registou o maior consumo: 49.5% 2-4/semana e 21.2% 1/semana;
40. Batata cozida: 26.3% referiu consumir 2-4/semana e tb 26.3% referiu consumir 5-7/semana;
41. Batata frita - consomem com alguma frequência: 25.3% 1-3/mês, 25.3% 1 vez por semana e 27.3% 2-4/semana;
42. Batata de pacote: 1-3/mês 34.3% e 28.3% 2-4/semana;
43. Feijão e grão: 41.4% consome só 1-3/mês e 24.2% 1/semana;
44. Snacks nos intervalos das refeições: 30.9% 1 vez /semana e 19.6% 2-4/semana;
45. Bolachas tipo Maria, água e sal: 21.2% 1-3vezes/mês e 19.2% 2-4/semana;
46. Bolachas recheadas e açucaradas: 28.3% 1-3/mês e 24.2% 1/semana;
47. Bolos de pastelaria: 26.3% 1-3/mês e 28.3% 2-4 por semana;
48. Sobremesa de colher: 38% 1-3/mês e 23% 2-4/semana;
49. Gelado: 38.4% 1-3/mês, 26.3% 1 por semana;
50. Açúcar: 17.2% 1-3/mês e 15.2% 2-4/semana;
51. Produtos hortícolas: 27.3% consome 2-4 vezes / semana e 32.2% 5-7 vezes/ semana;
52. Leguminosas verdes: são consumidas em menor frequência que a alínea anterior: 27.3% 1-3 / mês e 21.2% 1 vez / semana;
53. Sopa: 22.2% 5-7 vezes / semana e 20.2% 2-4/ semana e 22.2% 1 por semana;
54. Fruta: 23.2% 5-7 vezes / semana, 19.2% 2-4/ semana e 15.2% 2-3/ dia;
55. Água: 44.4% - 4 ou + por dia, 18.2% 2-3/dia e 11.1% 5-7/semana;
56. Sumo de fruta natural: 23.2% 1-3/mês, 20.2% 1/ semana, 17.2% 2-4/semana;
57. Refrigerantes: é consumido com alguma frequência, no universo de 99 inquiridos temos a seguinte distribuição: 21.2% 2-4/semana, 15.2% 2-3/dia, 14.1% 1/ semana e 13.1% 5-7/semana;
58. Bebidas alcoólicas: 60.6% referiu nunca consumir e 20.2% 1-3/mês bebidas alcoólicas;

4)Estilos de vida:

1. Como vai para a escola: 78.5% respondeu que vai a pé contra 14% que vão de carro;
2. No caso de irem a pé: 71.7% responderam que vão 4-5 vezes / semana;
3. De bicicleta: 91.9% nunca utiliza esse meio de transporte;
4. Ir de carro: 48.5% nunca utiliza, 18.2% 1-3 vezes/mês e 18.2% 4-5 vezes / semana;
5. De autocarro: 82.8% nunca utiliza;
6. Actividade física: 83.9% afirmou que pratica alguma actividade física;
7. O local onde ela é praticada varia entre 35.4% na escola, 24.2% no clube desportivo e 14.1% na rua;
8. Tipo de actividade física: 15.2% não respondeu, 13.1% anda a pé; futebol 14.1% e 11.1% referiram que fazem mais que uma actividade física;
9. Ver TV durante a semana: 32.3% mais de 3horas e 22.2% entre 2-3h durante a semana;
10. Computador durante a semana: 32.3% mais que 3h e 22.2% entre 2-3h na semana;
11. Jogar consolas durante a semana: 35.4 % não respondeu e 32.2% até 1h;
12. Ler durante a semana: 40.4% até 1h e 15.2% entre 1-2h;
13. Estudar durante a semana: 31.3% até 1h, 21.2% 1-2h e 20.2% 2-3h;
14. Ouvir música durante a semana: 31.3 % mais de 3h, 26.3% até 1 hora e 19.2% entre 1-2horas;
15. Ajudar os pais durante a semana: 38.4% até 1h, 21.2% entre 2-3h e 17.1% 1-2h / semana;
16. Andar a pé/passear durante a semana: 37.4% até 1h, 20.2% 1-2h e 16.2% mais que 3 horas;
17. Exercício físico durante a semana: 23.2% 2-3horas, 19.2% mais de 3horas e 18.2% 1-2horas/semana;
18. Quanto ao fim-de-semana ver TV: 41.4% mais de 3horas, 23.2% 1-2horas e 21.2% 2-3horas;
19. Computador durante o fim-de-semana: 42.4% mais de 3 horas e 20.2% 2-3 horas;
20. Jogar consolas durante o fim-de-semana: 30.3% não respondeu e 27.3% até 1hora;
21. Ler durante o fim-de-semana: 34.3% até 1hora e 15.2% 1-2horas;
22. Estudar durante o fim-de-semana: 28.3% até 1hora e 20.2% 2-3 horas e tb. 20.2% mais de 3horas;
23. Ouvir música durante o fim-de-semana: 33.3% mais de 3 horas e 21.2% 2-3 horas;
24. Ajudar os pais durante o fim-de-semana: 27.3% 1-2 horas, 23.2% até 1 hora, 20.2% 2-3horas;
25. Andar a pé/passear durante o fim-de-semana: 20.2% não respondeu; 29.3% até 1 hora e 26.3% entre 1-2horas;
26. Exercício físico durante o fim-de-semana: 30.3% não respondeu, 19.2% 1-2horas e 18,2% mais de 3 horas;
27. Horas de sono: 38.4% até 8 horas e 38.4% entre 8-10 horas.

Relatório elaborado por Jacqueline Dias Fernandes