28 de novembro de 2009

Substâncias causadoras de dependência e seus efeitos

O álcool é uma substância depressora do Sistema Nervoso central (SNC), ainda que tenha efeitos desinibidores. Tem origem em bebidas fermentadas ou destiladas logo o modo de administração é oral. Causa dependência tanto física como psicológica. Os efeitos da utilização habitual, ainda que dependentes do consumidor, do ambiente, da qualidade e da quantidade do álcool ingerido, incluem euforia, desinibição, descoordenação, redução da força e aumento do tempo de reacção. O consumo a longo prazo afecta as relações pessoais e familiares, provoca cirrose, danos cerebrais, depressão e psicose. Em última análise, o excesso de álcool pode provocar coma alcoólico e a morte.
A Canábis (Cannabis sativa) é uma planta da qual se extrai o haxixe (resina das flores e folhas), erva ou marijuana (flores e folhas) e o óleo de haxixe. O tetrahidrocanabinol (THC) é o componente químico responsável pela maior parte dos efeitos destas substâncias. A canábis pode ser fumada ou ingerida, causando dependência psicológica. A utilização habitual leva a relaxamenteo, sonolência, secura da boca, aumento da frequência cardíaca e da tensão arterial, euforia, diminuição das inibições, aumento do tempo de resposta e de apetite. A longo prazo, a canábis provoca debilitação física, falta de motivação, psicose, doenças pulmonares e cardíacas, bem como problemas de memória e aprendizagem. Uma dose excessiva de provocar alucinações e ataques de pânico.

cocaína é uma substância estimulante do SNC extraída das folhas do arbusto da coca (Erythroxylum coca). Esta substância tem geralmente o aspecto de pó branco, podendo ser injectada, inalada ou fumada  mas sempre causando enorme dependência psicológica. A sua utilização habitual provoca dilatação das pupilas, excitação, autoconfiança, irritabilidade, diminuição do apetite e aumento da pressão arterial e ritmo cardíaco. A longo prazo, leva a ulceração do septo nasal (quando inalada), psicose, ansiedade aguda, irritabilidade, depressão, paranóia, alucinações tácteis e insónia. Em caso de sobredosagem (overdose) causa agitação, agressividade, psicose cocaínica, síncope cardíaca, hemorragias cerebrais e tromboses.

O ecstasy, MD ou pastilhas, é uma substância sintética com efeitos estimulantes e psicadélicos, geralmente encontrada sob a forma de cápsulas ou comprimidos coloridos. O seu componente activo é a 3,4-metilenodioximetamfetamina (MDMA). A administração oral destes comprimidos causa dependência psicológica e a sua utilização habitual produz facilidade de comunicação, aumento de energia, elevação do humor, tensão muscular, perda de apetite, náuseas, aceleração do ritmo cardíaco e da tensão arterial, ansiedade, hipertermia e contracção dos músculos da mandíbula. A longo prazo, o seu consumo provoca depressão, cansaço e exaustão, perturbações do sono, paranóia, psicose, arritmia cardíaca, insuficiência renal aguda, hipertensão, lesões hepáticas e redução da imunidade. A overdose com ecstasy provoca desidratação, golpe de calor, agressividade, intoxicação, tudo agravado quando em conjunto com outras substâncias, como o álcool.

A heroína é uma substância depressora do SNC e um analgésico opiáceo muito poderoso. Tem origem na morfina, sustância produzida naturalmente na cápsula da flor da papoila dormideira Papaver somniferum. Apresentada geralmente sob a forma de pós branco ou castanho, a heróina pode ser inalada, fumada ou injectada, causando sempre enorme dependência, tanto física como psicológica. A sua utilização habitual alivia dores e ansiedade, causa bem-estar e euforia, para além de uma depressão do sistema respiratório. A longo prazo provoca letargia, obstipação, disfunções sexuais, amenorreia e um leque de doenças físicas por vezes muito graves (como a SIDA ou as hepatites) que levam frequentemente à morte. A overdose com heroína acentua a depressão do sistema respiratório, provocando edema pulmonar, baixa de temperatura, lesões renais e morte.

Acção Europeia sobre a Droga

Sabia que, na União Europeia, cerca de 12 milhões de pessoas consomem – ou já consumiram – cocaína? Sabia que, em média, um cidadão europeu morre de overdose por hora? Sabia que anualmente ocorrem 7 000 a 8 000 mortes provocadas pela droga na Europa? Em cada hora, um cidadão da UE morre de overdose? Surgem anualmente na Europa 3000 novos casos de SIDA ligados à droga, entre 1300 e 1700 milhões de pessoas na UE são consumidores problemáticos de opiáceos na UE e mais de um quinto (22 %) dos europeus adultos admitem já ter consumido canábis.
Confrontada com este grave problema, a Comissão Europeia lançou uma nova iniciativa de sensibilização e de informação, a «ACÇÃO EUROPEIA SOBRE A DROGA (AED)», cujo principal objectivo consiste em mobilizar a sociedade, sensibilizando as pessoas para o problema da droga na União Europeia. Em Portugal, esta Campanha será coordenada pela Oikos – Cooperação e Desenvolvimento, em parceria com a Representação da Comissão Europeia em Portugal.
A AED parte do princípio da «responsabilidade partilhada» e incentiva todos os intervenientes – grupos, particulares ou profissionais - a assinarem uma declaração através da qual se comprometem a agir de alguma forma para tentar resolver o problema da droga.
O seu apoio é fundamental!
Visite o site oficial e saiba todas as informações que necessita para particiapar em http://www.action-drugs.eu/

Hoje é "Dia internacional sem compras"

A organização ambientalista GAIA apela hoje aos portugueses para que não comprem nada e se juntem ao "Dia sem compras" que hoje se assinala em vários locais do mundo contra o consumismo desenfreado e os seus efeitos negativos no planeta.
O desafio é passar este sábado sem comprar nada, uma iniciativa que nasceu nos Estado Unidos há mais de uma década, para combater os efeitos da publicidade ao consumo, e que em Portugal é assinalada desde o início da década pela organização ambientalista GAIA - Grupo de Acção e Intervenção Ambiental.
João Aguiar, activista do GAIA, explicou à Lusa que o dia foi escolhido pelos norte-americanos, e "copiado" para Portugal, por ser no fim-de-semana a seguir à Acção de Graças e anterior ao Natal, um periodo que habitualmente regista um elevado consumo.
Em Portugal consume-se 3 vezes mais do que permitiria ter um planeta sustentável, disse-o publicamente o presidente da Oikos em 2007.
Este ano em Lisboa o Dia Sem Compras é celebrado com uma Marcha a sair da Praça da Figueira às 14h até ao Largo Camões. O percurso passa pela Rua Augusta, onde vai ser montado um teatro de rua, pela Rua do Carmo e Rua Almeida Garret, até ao Largo do Camões onde haverá nova representação do Teatro do Oprimido.
Na marcha praticipam também dois grupos de percussão: os Ritmos de Resistência (percusssão samba) e a Nação do Bairro (percussão maracatú).
Saiba mais visitando o site http://dia-sem-compras.gaia.org.pt/

21 de novembro de 2009

10 formas simples de se manter saudável e longe do H1N1 na época festiva

“Ainda que os centros comerciais superlotados e as festas aumentem o risco de ficarmos doentes nesta altura do ano, há muitas precauções que podemos tomar para o evitar”, diz Gillian Stephens, médica e professora de medicina familar na Escola de Medicina da Universidade de Saint Louis. Ela deixa-nos as 10 melhores formas de nos protegermos a nós e à nossa família durante a época festiva:
  • mantenha a distância - para muitos o Natal significa estar perto da família e amigos mas Stephens recomenda que nãos eja demasiado próximo. Os vírus da constipação e da gripe propagam-se através de gotículas emitidas pela boca e nariz, logo manter-se a a um metro ou metro e meio dos seus convidados (especialmente daqueles que pareçam doentes) diminui o risco de contaminação. Stephens também recomenda que se evite o contacto cara-a-cara quando se abraça alguém e que se dê atenção a artigos partilhados (telefone, comandos, maçanetas, etc.) pois o vírus pode permanecer activo em superfícies até 48 horas. 
  • lave as mãos frequentemente - a melhor gripe e constipação é aquela que não apanhamos, logo lave as mãos com água morna e sabão, especialmente antes de comer ou tocar nos olhos e nariz. 
  • cuidado com a mesa do buffet - as calorias não são as únicas a rondar a mesa do buffet, os vírus também lá andam. Se for o anfitrião reduza a sua presença servindo os pratos em porções individuais, se for convidado não retire nada directamente com as mãos.
  • não beba demasiado - o álcool está disponível em abundância nesta época mas Stephens recomenda um máximo de duas bebidas por dia pois do consumo excessivo podem resultar comportamentos perigosos. 
  • fique em casa se está doente - ninguém perder as festas mas faça um favor a si próprio e aos outros ficando em casa se não se sentir bem. Não deve haver problema em sair se tiver apenas uma constipação ligeira mas Stephens recomenda ficar em casa se os sintomas forem dores de garganta, tosse, febre ou dores no corpo. Se estiver em casa de familiares, peça imediatamente um quarto só para si.
Mas é claro que permanecer saudável na época festiva não se limita ao que se faz em festas e locais muito frequentados. Stephens recomenda outros cinco aspectos para um estilo de vida saudável nesta época do ano:
  • sono - evite a tentação de reduzir as horas de sono para fazer ainda mais nestes dias tão ocupados, perder uma ou duas horas de sono por noite pode desgastar o seu sistema imunitário e aumentar o seu nível de stress o que nos torna mais susceptíveis a adoecer. Manter uma rotina de sono regular também é muito importante para as crianças. 
  • dieta saudável - todos abusamos um pouco nesta altura do ano mas se o fizermos regularmente todos os dias atá ao Ano Novo pode-se facilmente ganhar 5kg. Antes de uma festa, Stephens recomenda que se coma uma maçã grande e se beba um grande copo de água. Na festa retire porções pequenas dos pratos ricos em calorias e complete com legumes e salada, guarde as calorias para os seus pratos preferidos. 
  • mantenha o nível de hidratação - o ar frio e seco seca as membranas mucosas, quebrando a barreira natural de protecção contra as infecções que elas representam. Para evitar adoeçer, beba muita água, especialmente quando em viagem. 
  • faça exercício - apesar da crescente lista de coisas a fazer, agora não é momento para interromper a sua rotina de exercícios. Ela vai ajudar a manter o seu peso nesta época de abusos e alivia o stress. 
  • saúde mental - o stress afecta o sistema imunitário e na escolha do presente perfeito ou na decoração da sala, muita gente, especialmente mulheres, colocam demasiada pressão sobre si próprios para criar o Natal perfeito para as suas famílias. 

17 de novembro de 2009

Dia Nacional do Não Fumador - a nossa liberdade termina onde começa a dos outros

Portugal segue uma tendência observada noutros países desenvolvidos do Sul da Europa, com declínio no consumo de tabaco nos homens e aumento nas mulheres ao longo dos últimos vinte anos.
Nos anos 90, a diminuição do número de mortes consolidou-se nos homens em todos os grupos etários mas  nas mulheres com idades entre os 35 e os 74 anos, a taxa de mortalidade por cancro do pulmão aumentou de forma constante (1,6 por cento/ano), não dando ainda sinais de abrandamento.
O cancro do pulmão é um dos tumores mais frequentes e mais letais em todo o mundo. Na Europa, em 2006, foi o terceiro cancro mais incidente, estimando-se que tenha contribuído para um quinto das mortes provocadas por cancro.
O consumo do tabaco é a principal causa desta doença, pelo que os peritos apelam à necessidade de continuar a "investir em campanhas de cessação tabágica dirigida a ambos os sexos e, especialmente, aos grupos etários mais jovens" para prevenir que comecem a fumar.
Os fumadores são também um grupo vulnerável ao vírus H1N1 e a probabilidade de desenvolverem complicações respiratórias devido à gripe é maior. Esta é a principal conclusão de um estudo realizado com vários pacientes em Hong Kong, na China, citado pela página do canal «Bloomberg». O estudo realizou-se em 27 pacientes com Gripe A. Nos 27 chineses que apresentaram complicações, como pneumonia e outras doenças graves, 12 eram fumadores ou já o tinham sido, de acordo com o que explicou Thomas Tsang, do Centro para a Protecção de Saúde de Hong Kong.
O número de cigarros consumidos, em média, diariamente, pelos portugueses é de 18, segundo um estudo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia. Segundo esta investigação, os portugueses começam, em média, a fumar aos 17 anos e param aos 40. O tempo de exposição, em média, é de 28 anos, sendo que cada português fuma, em média, 35 maços por ano.
O Dia Nacional do Não Fumador assinala-se hoje, quase dois anos depois de entrar em vigor uma lei que deveria reduzir o fumo em locais públicos mas que, segundo especialistas, não está a ser efectiva. A perita em tabagismo Sofia Ravara alertou que a aplicação da lei do tabaco "não está a ser efectiva" e a situação é "muito desigual" no país, havendo muitos cafés e restaurantes com fumo e ventilação insuficiente.  "Portugal não tem uma boa política de espaços sem fumo, a lei é ambígua e permite demasiadas excepções, e não está a ser efectiva porque também não está a ser fiscalizada." Segundo ela, muitos fumadores em tratamento têm recaídas por os ambientes sociais serem com fumo.
Um estudo da Universidade do Minho confirmava, já em 2006, que se os não-fumadores permanecerem várias horas em locais com fumo acabam por "fumar" vários cigarros por dia.
Segundo o coordenador deste estudo, nos restaurantes, um não-fumador acaba por fumar em média cerca de cinco cigarros em cada oito horas de exposição, contudo este número sobe para 15 cigarros se estivermos a falar de discotecas.
No que se refere aos edifícios da Administração Pública, como as câmaras municipais, assinalou-se uma redução da contaminação, uma diminuição que tem a ver com o facto de as pessoas fumarem menos nestes locais.
O fumo do cigarro é constituído por quase 5 mil substâncias tóxicas, das quais 80 são cancerígenas(a nicotina, o monóxido de carbono e o alcatrão, por exemplo).

15 de novembro de 2009

Abraço - porque a SIDA existe ...

... e continua a matar.
A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) é um conjunto de sintomas e infecções em seres humanos resultantes do dano específico do sistema imunológico ocasionado pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH ou HIV segundo a terminologia anglo-saxónica).
O alvo principal deste vírus são os linfócitos T CD4+, fundamentais para a coordenação das defesas do organismo. Assim que o número destes linfócitos diminui abaixo de certo nível (o centro de controle de doenças dos Estados Unidos da América define este nível como 200 por ml), o colapso do sistema imune é possível, abrindo caminho a doenças oportunistas e tumores que podem matar o doente.
Existem tratamentos para a SIDA/AIDS e o HIV que diminuem a progressão viral, mas não há nenhuma cura conhecida.
Assim, com o objectivo de continuar a alertar para os perigos desta Doença Sexualmente Transmissível, o Projecto de Promoção e Educação para a Saúde tem o prazer de anunciar a presença da Associação ABRAÇO na escola na próxima quarta-feira, dia 18 de Novembro de 2009, onde realizará uma palestra sobre o tema. A palestra decorrerá no Anfiteatro Grande e terá início às 15.15.
A ABRAÇO é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, uma organização não governamental sem fins lucrativos de prestação de serviços na área da SIDA.
Foi constituída por escritura pública em Junho de 1992, formalizando e dando continuidade ao trabalho de um pequeno número de voluntários que, desde Dezembro de 1991, prestava apoio psicológico, social e material a seropositivos internados na Unidade de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital Egas Moniz, e tentava melhorar as condições hospitalares.
Se quiser ajudar, inscreva-se como voluntário, contactando a coordenação de voluntários através do email voluntarios@abraco.pt, faça a consignação de IRS ou torne-se sócio individual por apenas 66€/ano. A ABRAÇO conta consigo!

7 de novembro de 2009

Formas de contágio e principais medidas prevenção da gripe A em contexto escolar

As medidas de prevenção da gripe A são muito importantes pois permitem:
  • diminuir o número de doentes e de mortes
  • diminuir a sobrecarga nos serviços de saúde devido a excesso de procura
  • diminuir a sobrecarga na escola devido ao excesso de absentismo.
O contágio da gripe A ocorre de forma semelhante ao da gripe sazonal. O vírus transmite-se directamente de pessoa para pessoa através de gotículas libertadas quando se fala, tosse ou espirra. Os contactos mais próximos (a menos de 1 metro) com uma pessoa infectada podem representar, por isso, uma situação de risco. 
O contágio pode também verificar-se indirectamente quando há contacto com gotículas ou outras secreções do nariz e da garganta de uma pessoa infectada, nomeadamente através de maçanetas das portas, teclados de computador, e outras superfícies de utilização pública. Estudos demonstraram que o vírus permanece activo várias horas nesse tipo de superfície (entre 3 e 8 horas), pelo é muito importante que sejam limpas regularmente.
O vírus pode ser destruído com qualquer produto comum de desinfecção doméstica, como água e sabão, detergentes, lixívia ou álcool. O vírus também é destruído pela acção do calor com temperatura superior a 75º centígrados.
O período de incubação da gripe A varia entre um e sete dias, após o contágio, e o contágio pode ocorrer enquanto existirem sintomas, o que nos leva a considerar, em média, um período crítico de cerca de 10 dias.
As principais medidas de prevenção em meio escolar (comuns a muitos outros contextos) consistem em:
  • lavar frequentemente as mãos com água e sabão (nomeadamente à chegada à escola, depois de tossir, espirrar ou assoar o nariz, após a utilização de teclados, ratos de computador ou outros materiais escolares de uso partilhado, antes das refeições, após a ida à casa de banho, à chegada a casa vindos da rua, após contacto com uma pessoa doente com sintomas gripais, ou com roupas ou objectos manuseados pelo doente);
  • usar lenço de papel para proteger tosse ou espirros, inutilizar o lenço e lavar imediatamente as mãos;
  • se não tiver lenço, tossir para o antebraço, nunca para as mãos!;
  • evitar tocar na boca, no nariz ou nos olhos sem ter as mãos lavadas;
  • evitar a proximidade de pessoas com sinais de doença gripal (manter uma distância superior a 1 metro sempre que possível);
  • evitar locais muito frequentados;
  • limpar frequentemente as superfícies de trabalho, teclados, maçanetas de porta, etc.;
  • arejar as salas de aula todos os intervalos, bem como os espaços interiores.
Para saber mais, consulte também Sintomas da Gripe A e Alimentação em tempo de gripe.

Alimentação em tempos de gripe

A gripe é uma doença que requer cuidados alimentares relativamente simples.
No caso de pessoas saudáveis, que não sofrem de doença crónica, a hidratação é o principal cuidado a ter em conta: a febre alta, vómitos, diarreia e tosse provocam naturalmente desidratação, o que piora o estado do doente. É portanto fundamental manter o corpo bem hidratado. As pessoas com doenças crónicas (por exemplo diabetes, asma, obesidade, doença cardíaca, etc.) têm também que se preocupar com a hidratação, mas devem sempre seguir as indicações do médico de família, que terá em consideração esse facto.
Frequentemente quem está com gripe sente astenia, isto é, fraqueza, cansaço e falta de apetite. Mas, deixar de comer enfraquece ainda mais o doente e dificulta a sua recuperação. Tudo se agrava porque quanto mais fraca e cansada uma pessoa se sente, menos come.
Para quebrar este ciclo vicioso deve-se procurar comer em pequenas quantidades mas frequentemente. Neste contexto, e pela importância que já foi mencionada, a hidratação também deve seguir este padrão através de diversas bebidas e alimentos:
  • água simples ou aromatizada (com limão, canela …);
  • tisanas ou infusões (tília, camomila, erva cidreira…..);
  • sumos de fruta naturais ou néctares de fruta;
  • leite e/ou iogurtes e outros leites fermentados;
  • sopa, de preferência de hortaliças e legumes;
  • fruta.
No entanto, nem sopa nem as diversas bebidas devem estar demasiado quentes, para que não provoquem calor e o doente transpire ainda mais. Pode, por exemplo, preparar as tisanas e infusões e deixá-las arrefecer em recipiente tapado, para ir bebendo ao longo do dia.
Beba sempre que tiver sede e beba mesmo que não a tenha! Com febre, a ingestão deve ser superior a 3,7 litros para homens e 2,7 litros para mulheres, ou seja, cerca de 16 a 12 copos por dia, respectivamente.
Registe-se, no entanto, que nem todas as bebidas hidratam. Pelo contrário, as bebidas com álcool (fermentadas ou destiladas) desidratam pois o álcool etílico reduz a produção de hormona anti-diurética e aumenta assim o débito urinário. Para além disso provoca vasodilatação e transpiração. Também as bebidas demasiado açucaradas não contribuem para hidratar.
Saiba mais consultando Alimentação em tempo de gripe da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto

Sintomas da Gripe A

Os principais sintomas da gripe A H1n1 podem ser resumidos pela imagem ao lado e podem ser confundidos com os de uma simples constipação ou com os da gripe sazonal.
As pessoas em maior risco de complicações graves são os idosos com mais de 65 anos, as crianças com menos de 5 anos, mulheres grávidas e todos os que apresentem complicações crónicas, como asma, diabetes, obesidade, problemas cardíacos ou sistemas imunitários fragilizados (como pacientes que tomam medicamentos imunodepressivos ou com SIDA).
Tal como no caso da gripe sazonal, certos sintomas podem exigir atenção médica de emergência. Nas crianças, atenção redobrada para sinais de perturbações respiratórias, a pele e lábios azulados, desidratação, respiração acelerada, sono excessivo ou irritabilidade. Nos adultos, falta de ar, dores no peito ou abdómen, tonturas repentinas ou confusão podem também indicar necessidade de tratamento médico de emergência.
Tanto em crianças como em adultos, vómitos persistentes ou o retorno de sintomas de gripe, como tosse e febre, podem significar complicações que exigem tratamento médico.
Alguns peritos consideram que pessoas com doenças crónicas que apresentem sintomas de gripe devem consultar os seus médicos antes de se dirigirem a uma emergência hospitalar cheia de pessoas doentes, pois podem colocar-se em maior risco desnecessariamente. Esta situação é particularmente verdade para mulheres grávidas.
As infecções pelo vírus da gripe podem degenerar em casos de pneumonia, uma situação potencialmente mortal. A maioria das mortes até agora associadas à gripe A H1N1 foram atribuídas a pneumonias.
Saiba mais sobre a gripe A visitando o Portal da Saúde - Vírus da Gripe A (H1N1)

2 de novembro de 2009

Rastreio à acuidade visual da comunidade escolar

Entre 12 e 22 de Outubro a empresa Essilor Portugal levou a cabo um rastreio de Acuidade Visual aos alunos, aos professores e aos restantes elementos que compõem a comunidade escolar. Esta acção teve como principais objectivos despistar anomalias visuais e, caso existam, encaminhar o examinado para um especialista a fim de ser sujeito a um exame mais cuidado e ser indicada uma solução.
Eis algumas questões que colocámos aos técnicos da empresa:

1. Há quantos anos está a Essilor em Portugal?

A Essilor International S.A. é uma companhia francesa sediada em Paris, produtora de lentes e aparelhos oftalmológicos. Mirão Júnior, que em 1961 se tornaria distribuidor da sociedade francesa Essel. Paralelamente, é constituída em 1955 a Solf, filial da Silor.
Em 1970, é criado em Portugal pela Essilor® o primeiro laboratório de lentes de prescrição em matéria mineral e orgânica. Em 1989, ocorre a fusão das empresas representantes da Essel e da Silor, constituindo-se então a Essilor Portugal.

2. É prática comum da empresa participar neste tipo de iniciativa em contexto escolar?

Este rastreio foi gratuito, inserindo-se numa acção a nível nacional que a Essilor tem vindo a realizar e promovido na Escola Secundária de Amora pelo Projecto de Promoção e Educação para a Saúde. Para que este se concretizasse, a Essilor disponibilizou um técnico devidamente credenciado e o aparelho de despistagem visual.

3. Qual a importância da realização regular de rastreios à visão?

A ambliopia, patologia visual que mais afecta as crianças portuguesas, é quase sempre tratável, mas o diagnóstico e a terapêutica chegam muitas vezes demasiado tarde para permitir uma recuperação total. O problema está no topo das prioridades do Programa Nacional para a Saúde da Visão, cujos principais objectivos são reduzir os problemas de visão não diagnosticados e prevenir a cegueira. Em oftalmologia, a prevenção da doença é o diagnostico.

4. As crianças e jovens têm necessidades específicas relativamente à visão?

As crianças têm necessidades especiais porque a sua morfologia é diferente da dos adultos: nariz achatado, ossos faciais frágeis, pele sensível, bochechas redondas, pequena distância naso-pupilar.
Os olhos das crianças são mais sensíveis e vulneráveis às radiações UV nocivas, uma vez que possuem grandes pupilas e um cristalino extremamente transparente. Antes dos 12 anos, o cristalino não tem capacidade para desempenhar eficazmente a sua função protectora.

5. Quais os principais problemas visuais que o rastreio já detectou entre os alunos da escola?

As principais anomalias visuais das crianças são a miopia (visão de longe difícil), a hipermetropia (dificuldade na visão de perto) e o astigmatismo (visão desfocada).
A criança pode igualmente ser afectada por uma deficiência de visão das cores ou por uma ambliopia, uma anomalia mais grave, mas felizmente mais rara, e sobretudo reversível se for tratada a tempo.
A ambliopia é geralmente consequência de um estrabismo (olho "torto") ou de uma anomalia visual acentuada num dos olhos, que se torna "preguiçoso' o cérebro habitua-se a não o utilizar, e o olho funciona cada vez pior.
Quanto mais precoce for a despistagem desta deficiência, maior a probabilidade de recuperação. Relativamente à visão, a prevenção é a "atitude chave" para que o futuro dos mais jovens não fique comprometido.

6. De que forma a escola pode contribuir para a despistagem e encaminhamento desses problemas?

Estar atento aos comportamentos da criança relativamente ao modo como observa o mundo que a rodeia é fundamental. Alguns sinais de alerta:
• Franze os olhos para ver com nitidez ao longe?
• Escreve ou lê muito perto do caderno ou dos livros?
• Sente dores de cabeça sem causa aparente?
• Troca letras ou números?
A consulta a um especialista poderá esclarecer se existe a necessidade de algum tipo de compensação ocular. Uma escolha adequada do tipo de lentes facilitará a adaptação da criança aos óculos.
A qualidade visual pode ser determinante para o rendimento escolar: 90 por cento da aprendizagem está relacionada com a visão.

7. É verdade que o número de horas que passamos em frente à televisão e computador é prejudicial à saúde dos nossos olhos?

Quando estamos a conversar com alguém piscamos os olhos em média 22 vezes por minuto mas quando estamos a ler piscamos cerca de 12 vezes por minuto e frente ao computador piscamos cerca de 5 vezes por minuto. A nossa concentração diminui o pestanejar e isso aumenta a fadiga ocular e sensação de areia nos olhos, que pode, eventualmente conduzir a inflamações.

8. Uma dica para melhorar a saúde dos nossos olhos.

Para diminuir a fadiga ocular quando se trabalha ao computador, coloque o monitor abaixo do chamado horizonte ocular, para que a pálpebra cubra maior área do olho. Regule a iluminação de forma a que não seja demasiado intensa e não atinja directamente os olhos, permitindo um contraste com os monitores de computador e/ou televisão, evitando os reflexos.
e, muito importante, não se esqueçam de manter as lentes dos óculos sempre limpas e sem riscos.