30 de dezembro de 2009

2010 - Ano Internacional da Biodiversidade

O ano de 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade e no final de uma ano e de uma década em que se assistiu a uma contínua degradação do património natural, apesar dos esforços das organizações ambientalistas para alertar a opinião pública e os decisores para a crise de extinções que enfrentamos, esperamos que essa designação das Nações Unidas sirva de alerta para a importância do cumprimento das metas sobre este tema.
Bom ano de 2010 para todos, com felicidade, paz e saúde.

27 de dezembro de 2009

Projecto de Promoção e Educação para a Saúde na RDS Seixal

A RDS Seixal (87.6 FM Seixal) vai emitir amanhã, dia 28 de Dezembro, uma entrevista com a coordenadora do Projecto Promoção e Educação para a Saúde da Escola Secundária da Escola secundária de Amora, Helena Correia.
A entrevista, conduzida pela jornalista Sandra e realizada no âmbito da colaboração do Projecto Promoção e Educação para a Saúde com o Gabinete Seixal Saudável da Câmara Municipal do Seixal, será emitido às 11 horas, com repetições às 21.30 do mesmo dia, 2.30 do dia seguinte e sábado seguinte às 14 horas.
Nesta breve entrevista aborda-se a temática da promoção da saúde em meio escolar, salientando-se a forma de promover comportamentos saudáveis entre a população escolar, áreas de intervenção e actividades dinamizadas, parcerias estabelecidas, envolvimento da comunidade escolar e resultados destas intervenções.

26 de dezembro de 2009

Escola mata a criatividade das crianças

Veja o vídeo desta fantástica conferência TED ou siga esta ligação para o sítio TED:

Dá que pensar ...

7 de dezembro de 2009

Por Favor ajudem o mundo!

Este vídeo assinala o primeiro dia da Conferência das Naçôes Unidas sobre as Alterações Climáticas, que decorrerá em Copenhaga de 7 a 18 de Dezembro.


Hoje, 56 jornais em 44 países dão o passo inédito de falar a uma só voz através de um editorial comum sobre Copenhaga. Fizeram-no porque a Humanidade enfrenta uma terrível emergência.
Se não nos juntarmos para tomar uma acção decisiva, as alterações climáticas irão devastar o nosso planeta, e juntamente com ele a nossa prosperidade e a nossa segurança. Desde há uma geração que os perigos têm vindo a tornar-se evidentes. Agora, os factos já começaram a falar por si próprios: 11 dos últimos 14 anos foram os mais quentes desde que existem registos, a camada de gelo árctico está a derreter-se, e os elevados preços do petróleo e dos alimentos no ano passado permitiram-nos ter uma antevisão de futuras catástrofes.
Nas publicações científicas, a questão já não é se a culpa é dos seres humanos, mas sim quão pouco tempo ainda nos sobra para conseguirmos limitar os danos.
Mas, mesmo assim, até agora a resposta a nível mundial tem sido frouxa e sem grande convicção.
As alterações climáticas estão a ocorrer desde há séculos, têm consequências que durarão para sempre, e as nossas perspectivas de as limitarmos serão determinadas nas próximas duas semanas. Exortamos os representantes dos 192 países reunidos em Copenhaga a não hesitarem, a não caírem em disputas, a não se acusarem mutuamente, mas sim a resgatarem uma oportunidade do maior fracasso político das últimas décadas. Não deverá ser uma luta entre os países ricos e os países pobres, ou entre o Oriente e o Ocidente. O clima afecta-nos a todos, e deve ser solucionado por todos.
A ciência é complexa mas os factos são claros. O mundo precisa de dar passos em direcção a limitar o aumento de temperatura a apenas dois graus centígrados, um objectivo que exigirá que as emissões de gases a nível global alcancem o seu máximo e comecem a diminuir durante os próximos cinco a dez anos. Um aumento superior, na casa dos três ou quatro graus centígrados – a subida mais pequena que podemos realisticamente esperar se ficarmos pela inacção –, secaria os continentes, transformando terra arável em desertos. Metade de todas as espécies animais extinguir-se-ia, muitos milhões de pessoas ficariam desalojadas, nações inteiras afundar-se-iam no mar. A polémica sobre os e-mails de investigadores britânicos, sugerindo que eles terão tentado suprimir dados incómodos, tem agitado o ambiente mas não causou mossa na pilha de provas em que estas previsões se baseiam.
Poucos acreditam que Copenhaga ainda consiga produzir um acordo completamente definido – progressos efectivos em direcção a um tal acordo apenas se poderiam iniciar com a chegada do Presidente Barack Obama à Casa Branca e a inversão de anos de obstrução por parte dos Estados Unidos. Mesmo hoje, o mundo vê-se à mercê da política interna norte-americana, pois o Presidente não se pode comprometer com as acções necessárias até o Congresso fazer o mesmo.
Mas os políticos presentes em Copenhaga podem, e devem, chegar a um acordo sobre os elementos essenciais de uma solução justa e eficaz e, ainda mais importante, um calendário claro para a transformar num tratado. O encontro das Nações Unidas sobre alterações climáticas do próximo mês de Junho em Bona (Alemanha) deverá ser a data-limite. Segundo um dos negociadores: “Podemos ir a prolongamento, mas não nos podemos dar ao luxo de uma repetição do jogo.”
No centro do acordo deverá constar um arranjo entre os países ricos e os países em desenvolvimento, determinando como serão divididos os encargos da luta contra as alterações climáticas – e como iremos partilhar um recurso novo e precioso: os milhões de milhões de toneladas de gases de carbono que podemos emitir antes que o mercúrio dos termómetros alcance níveis perigosos.
As nações ricas gostam de fazer notar a verdade aritmética de que não poderá haver solução até que gigantes em desenvolvimento como a China tomem medidas mais radicais do que têm feito até agora. Mas os países ricos são responsáveis pela maioria dos gases de carbono acumulados na atmosfera – três quartos de todo o dióxido de carbono emitido desde 1850. São eles que agora devem dar o exemplo, e cada país desenvolvido deve comprometer-se com cortes maiores, que dentro de uma década reduzirão as suas emissões para substancialmente menos que o seu nível de 1990.
Os países em desenvolvimento podem argumentar que não foram eles que criaram a maior parte do problema, e também que as regiões mais pobres do globo serão as mais duramente atingidas. Mas vão cada vez mais contribuir para o aquecimento, e por isso devem comprometer-se com as suas próprias medidas significativas e quantificáveis. Apesar de ambos não terem chegado tão longe quanto alguns esperavam, os recentes compromissos de objectivos de emissões de gases dos maiores poluidores do mundo – os Estados Unidos e a China – constituíram passos importantes na direcção certa.
A justiça social exige que os países industrializados ponham a mão mais fundo nos seus bolsos e garantam verbas para ajudar os países mais pobres a adaptarem-se às mudanças climáticas, e tecnologias limpas que lhes permitam crescer a nível económico sem com isso aumentarem as suas emissões. A arquitectura de um futuro tratado deve também ser definida – com um rigoroso acompanhamento multilateral, compensações justas pela protecção de florestas, e uma aceitável taxa de “emissões exportadas”, de modo que o peso possa ser partilhado mais equitativamente entre os que produzem produtos poluentes e os que os consomem. E a equidade requer também que a carga colocada sobre determinados países desenvolvidos tenha em conta a sua capacidade para a suportar: por exemplo, novos membros da União Europeia, muitas vezes mais pobres do que a “Velha Europa”, não devem sofrer mais do que os seus parceiros mais ricos.
A transformação será dispendiosa, mas muito menos do que a conta que se pagou para salvar o sistema financeiro internacional – e ainda muito mais barata do que as consequências de não fazer nada.
Muitos de nós, particularmente nos países desenvolvidos, teremos que alterar os nossos estilos de vida. A época dos voos de avião que custam menos do que a viagem de táxi para o aeroporto está a chegar ao fim. Teremos que comprar, comer e viajar de forma mais inteligente. Teremos que pagar mais pela nossa energia, e usar menos dessa mesma energia.
Mas a mudança para uma sociedade com reduzidas emissões de gases de carbono alberga a perspectiva de mais oportunidades do que sacrifícios. Alguns países já reconheceram que aceitar as transformações pode trazer crescimento, empregos e melhor qualidade de vida. Os fluxos de capitais contam a sua própria história: em 2008, pela primeira vez foi investido mais dinheiro em formas de energia renováveis do que para produzir electricidade de combustíveis fósseis.
Abandonar o nosso “vício de carbono” dentro de poucas décadas irá exigir um feito de engenharia e inovação que iguale qualquer outro da nossa História. Mas se a viagem de um homem à Lua ou a cisão do átomo nasceram do conflito e da competição, a “corrida do carbono” que se aproxima deverá ser norteada por um esforço de colaboração, de forma a alcançarmos a salvação colectiva.
Superar as mudanças climáticas exigirá o triunfo do optimismo sobre o pessimismo, da visão a longo prazo sobre as vistas curtas, daquilo a que Abraham Lincoln chamou “os melhores anjos da nossa natureza”.
É dentro desse espírito que 56 jornais de todo o mundo se uniram sob este editorial. Se nós, com tão diferentes perspectivas nacionais e políticas, conseguimos concordar sobre o que deve ser feito, então certamente os nossos líderes também o conseguirão.
Os políticos em Copenhaga têm o poder de moldar a opinião da História sobre esta geração: uma geração que encontrou um desafio e esteve à altura dele, ou uma geração tão estúpida que viu a calamidade a chegar, mas não fez nada para a evitar. Imploramos-lhes que façam a escolha certa.
O PÚBLICO (que publicou o editorial em português tal como aqui reproduzido) foi desafiado pelo jornal diário britânico The Guardian a participar neste projecto global. A ideia original de um editorial comum foi sugerida por várias pessoas envolvidas nas questões climáticas e tornada um projecto real por The Guardian. Foi com agrado que, ao longo dos dias, vimos o número de participantes crescer para 56 jornais de 44 países de todos os continentes. Aderimos por acreditarmos na urgência desta mensagem.
Saiba mais sobre a Cimeira das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas em Copenhaga visitando o blogue em português ou vá Esmiuçar Copenhaga

1 de dezembro de 2009

Dia Mundial de Luta Contra a Sida

O Dia Mundial de Luta Contra a Sida assinala-se hoje em Portugal com várias iniciativas para lembrar uma doença que, desde 1983, já infectou quase 35 mil pessoas no país e matou cerca de 25 milhões de pessoas em todo o mundo.
Este ano, o lema das comemorações é o "Acesso Universal e Direitos Humanos" e em Portugal o tema em discussão será o Vírus da Imunodeficiência Adquirida (VIH) no local de trabalho.
A Coordenação Nacional para a Infecção VIH/SIDA vai assinalar a data com a realização da III reunião do Conselho Nacional para a Infecção VIH/sida, na sala do Tratado de Lisboa, no Pavilhão Atlântico. A efeméride será assinalada também pela Liga Portuguesa Contra a Sida (LPCS) com a abertura da sua venda de Natal na Baixa de Lisboa para angariação de fundos e onde será prestada informação sobre o VIH/sida. Está também a decorrer, até ao dia 04 de Dezembro, o peditório nacional da Associação Abraço, com o tema "Um pequeno passo para si, uma grande ajuda para muitos".
A 31 de Dezembro de 2008, Portugal tinha 34 888 casos notificados, segundo o último relatório do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) sobre a situação epidemiológica da infecção VIH/Sida.
O maior número de casos notificados é de utilizadores de drogas por via endovenosa, representando 42,5% de todas as notificações, reflectindo a tendência inicial da epidemia no país.
O número de casos associados à infecção por transmissão sexual (heterossexual) representa o segundo grupo, com 40% dos registos e a transmissão sexual (homossexual masculina) apresenta 12,3% dos casos.
As restantes formas de transmissão correspondem a 5,2% do total. Os casos notificados de infecção VIH/SIDA que referem como forma provável de infecção a transmissão sexual (heterossexual) apresentam uma tendência evolutiva crescente.
O último relatório da ONU SIDA revela que desde o seu surgimento morreram cerca de 25 milhões de pessoas e 60 milhões foram infectadas, ainda que últimos oito anos as novas infecções tenham diminuído 17%.
Como já se tinha referido, Portugal apresenta uma taxa de novos casos de HIV/Sida entre os consumidores de drogas injectadas oito vezes superior à média europeia, de acordo com dados revelados em Bruxelas pelo director do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência.
No relatório Portugal é apontado como o pais onde surgiram mais casos (703) de infectados com Sida em 2006, muito à frente dos restantes estados, onde a Estónia ocupa o segundo lugar (191), seguida do Reino Unido (187), Alemanha (168) e Franca (167). Ainda no campo das doenças infecto-contagiosas contraídas por toxicodependentes, Goetz disse que mais de 40 por cento dos consumidores de droga injectável estão infectados pelo vírus da hepatite C, uma doença com uma elevada taxa de mortalidade e de tratamento difícil e muito demorado.
O director do OEDT salientou ainda que morre a cada hora na UE uma pessoa vítima do consumo excessivo de droga (overdose), o que totaliza entre 7.000 e 8.000 mortos anuais.
As estimativas do OEDT indicam ainda que um em cada quatro cidadãos da União, num total de 71 milhões, fumaram canábis - a droga mais consumida no espaço europeu - pelo menos uma vez na vida.
Contudo, o que mais preocupa os especialistas é o facto de quatro milhões de pessoas consumirem diariamente aquele tipo de droga.
O fulcro do problema da droga na Europa continua a ser a heroína, embora o seu consumo tenha estabilizado, afirmou Wolgang Goetz, salientando, em contrapartida o aumento da disponibilização de tratamento para os dependentes daquele opiáceo. Nos países da UE, disse, 600 mil pessoas sujeitam-se todos os anos a tratamento para se livrarem da dependência da heroína.
Saiba mais consultando o relatório da ONU SIDA.