27 de outubro de 2010

Alimentação Saudável na Escola

Realizou-se hoje na Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixalense o encontro  Alimentação Saudável na Escola. Organizado pelo Gabinete Seixal Saudável, nele foi apresentado o estudo Hábitos Alimentares dos Jovens do Município do Seixal, realizado no âmbito do projecto Promoção de uma Alimentação Saudável na Escola.
O encontro decorreu ao longo de todo o dia, incluindo diversas apresentações sobre o tema e dos vários projectos desenvolvidos neste âmbito pelas escolas do concelho.
Estiveram presentes as professoras Helena Correia, coordenadora do PPES, Teresa Matos e Sandra Rocha, que fizeram uma breve introdução ao trabalho realizado no ano lectivo 2009/2010 com o objectivo de promover a alimentação saudável na ESA.
A participação efectiva da Escola Secundária de Amora consistiu em duas apresentações, realizadas pelos alunos das turmas de décimo segundo ano que colaboraram nas actividades do projecto ao longo do ano lectivo 2009/10, e que generosamente se disponibilizaram mais uma vez para representar a sua antiga escola.
As apresentações tiveram como título Ementa Metálica e Metais Essenciais, e focaram, de forma fácil e divertida, a importância de uma alimentação variada na obtenção de elementos qímicos essenciais à saúde.

Programa (como inicialmente previsto)

9 horas – Recepção dos participantes e entrega de documentação
9.30 horas – Sessão de abertura
9.45 horas – MUNSI Seixal: Prevenção da Obesidade Infantil – Gabinete Projecto Seixal Saudável – Dr.ª Mirieme Ferreira e Professora Ana Lúcia Silva – Plataforma Nacional Contra a Obesidade
10.15 horas – Coffee Break
10.30 horas – Projecto “Promoção de uma Alimentação Saudável na Escola” – Gabinete de Saúde da CM Seixal – Dr.ª Helena Neves/Nutricionista, Dr.ª Sónia Rodrigues/Unidade de Saúde Pública do Seixal e Dr.ª Filomena Sampaio
10.50 horas – Apresentação do Estudo “Hábitos Alimentares dos Jovens do Município do Seixal” – Gabinete de Saúde – Dr.ª Cristina Samouqueiro
11.20 horas – Comunicação “O Agrupamento dos Centros de Saúde dos Concelhos do Seixal e de Sesimbra e a Alimentação Escolar” (a designar)
11.35 horas – Debate
12 horas – Almoço
14 horas – Comunicação “A Alimentação em Saúde Escolar” – Dr. Rui Lima – Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular
14.20 horas – Apresentação de projectos desenvolvidos pelas escolas básicas dos 2.º e 3.º ciclos
15.50 horas – Coffee Break
16 horas – Apresentação de Projectos desenvolvidos pelas Escolas Secundárias
16.50 horas – Debate
17.05 horas – Actuação da Tuna de Alunos da Escola Básica de Vale de Milhaços
17.15 horas – Sessão de Encerramento

24 de outubro de 2010

Dez razões (estúpidas) para não ser vegetariano

Há um enorme leque de razões para se continuar a comer carne, produtos lácteos e ovos, bem como para continuar a usar produtos derivados ou testados em animais. O leque é tão vasto que apenas dez das razões que mais se ouvem no dia a dia estão aqui analisadas.
Razão 1:  Se não comêssemos animais, eles acabariam na mesma por morrer de fome porque acabavam por ser demasiado numerosos.
A população de animais de estimação, só nos Estados Unidos, estima-se que ronde os 20 mil milhões. Este número é bastante pequeno quando comparado com o número de animais abatidos para a alimentação humana, que se estima ronde os dez mil milhões e trezentos milhões. Assim, a razão animais de quinta para humanos nos Estados Unidos é de 65 para um.
Por estes números, a população animal não humana já está largamente fora de controlo e abatê-los seria a melhor solução, dado que eles consomem 80% dos cereais produzidos mas infelizmente quanto mais são mortos, mais surgem e a razão é muito simples: as pecuárias são operações de reprodução intensiva artificialmente mantida, sem ela os animais não teriam qualquer hipótese de atingir, o que fará manter, os efectivos actuais.
Só o cereal consumido pelo gado nos Estados Unidos actualmente seria suficiente para alimentar 800 milhões de animais humanos que morrem de fome todos os dias em todo o mundo.
Razão 2:  Se não ordenhássemos as vacas, os seus úberes explodiam e elas morriam.
É verdade que se uma vaca criada para a produção de leite não for ordenhada regularmente os seus úberes podem ficar tão inchados com leite que se torne doloroso, impedindo-a de andar até à água e ao alimento e, portanto, causando-lhe a morte.
A razão porque tal coisa não acontece na natureza é que os animais bovinos, como virtualmente todos os mamíferos, apenas produz leite depois de dar à luz ou quando está a amamentar os juvenis.
Como os criadores de gado querem retirar leite de uma vaca, retiram-lhe o vitelo e ligam-na a máquinas ordenhadoras que mais ou menos simulam o amamentar da cria. Se um criador se esquece de ordenhar as vacas, elas irão queixar-se de incrível desconforto mas se não lhes retirassem os vitelos, eles mamavam naturalmente a cada 20 minutos e vaca nunca teria esse desconforto.
Razão 3:  Os humanos são animais carnívoros.
Os seres humanos têm a capacidade de consumir a carne de outros animais e apresentam características de predador como a visão binocular e quatro dentes caninos. Infelizmente termina aqui a base deste raciocínio.
O corpo humano está melhor adaptado a comer plantas que carne: temos dentes com superfície plana em mandíbulas capazes de movimento lateral, perfeito para mastigar, coisa que os carnívoros não fazem pois rasgam pedaços de carne e engolem-nos inteiros.
Os caninos que temos são pequenos quando comparados com todos os carnívoros mas até os nossos primos distantes gorilas, que são completamente vegetarianos, têm caninos maiores que os nossos proporcionalmente.
O Homem tem intestino longo, permitindo que os alimentos nele se desloquem lentamente, permitindo que o nosso corpo absorver o máximo de nutrientes possível durante a digestão. Os carnívoros têm intestino curto pois a carne pode conter agentes patogénicos que causam rápida putrefacção se esta não for processada rapidamente.
Não temos o pH adequado no nosso estômago ácido para digerir adequadamente a carne sem que esta seja adequadamente cozinhada. Um animal carnívoro tem um pH estomacal de 1 ou inferior, enquanto os herbívoros têm um pH de 4 ou 5, o que encontramos no Homem.
Razão 4:  O Homem é mais inteligente que os outros animais logo tem o direito de dispor deles como quiser.
Há muito que a inteligência humana tem sido citada como justificação para um sem número de acções. É verdade que o Homem tem uma espantosa capacidade de manifestar pensamento abstracto em formas físicas mas como a medição da inteligência não é uma ciência exacta e devido às diferenças de espécies, essa quantificação permanece subjectiva.
Há grandes problemas com a teoria de a maior inteligência nos permitir o direito para dominar e consumir outros pois poder-se-ia admitir o absurdo de comer humanos com menos capacidades (bebés e deficientes, por exemplo). Esta teoria tem sido a justificação para atrocidades sem fim, desde o Holocausto, à negação dos mesmos direitos às mulheres, à escravatura, etc.
Razão 5: Se é errado matar animais, não devíamos também impedir os tigres e outros predadores de matar as suas presas? 
Os humanos têm a capacidade de matar e consumir outros animais, como outros predadores, mas a diferença óbvia entre o Homem e os verdadeiros predadores é o facto de nós precisarmos de ferramentas para o fazer.
Outra diferença óbvia é a possibilidade de escolha, pois o Homem vive espantosamente bem sem comer carne.
Claro que se pode encontrar comunidades humanas que têm poucas opções para além de matar e comer animais mas normalmente estamos a falar de comunidades nativas que vivem de forma tradicional.
Razão 6: O estilo de vida vegetariano é demasiado dispendioso. 
É verdade que se comprarmos alimentos pré-preparados, pode-se gastar grande quantidade de dinheiro mas isso certamente não é um exclusivo do vegetarianismo. Se se comparar o preço da carne e de outros produtos animais com o de vegetais e cereais, descobre-se que os segundos se tornam mais em conta.
Há luxos, como carne de soja, queijos e pastas, que são mais caros que os seus primos animais mas estes produtos não são necessidades. Recorde-se ainda que, se acabarem os subsídios e incentivos à sua produção, um quilo de carne pode atingir os €500.
Razão 7: Os animais não têm sentimentos. 
É verdade que não podemos ter absoluta certeza que o que nos parece alegria, tristeza, amor ou dor nos animais seja a mesma coisa que nós sentimos mas qualquer um que tenha passado uma hora com um cão sabe que os animais sentem emoções.
Jeffrey Moussaieff Masson referiu num artigo escrito sobre a pesquisa por trás do seu livro The Pig Who Sang To The Moon", que um porco pode ser tão devotado, afeiçoado, bom companheiro como um cão, se tiver essa hipótese. As ovelhas, sempre apelidadas de estúpidas, conseguem reconhecer e ter sentimentos para com outras duzentas ovelhas. 
Razão 8: Se todos se tornassem vegetarianos todos os criadores de gado iam à falência. 
Claro que muitos ficariam sem emprego se de repente todos ficássemos cheios de compaixão pelos outros animais, mas isso não parece provável, ainda que possível.
À medida que cada vez mais pessoas se tornam vegetarianas, a procura de carne e outros produtos animais irá diminuir e as indústrias que deles dependem irão adaptar-se ou reduzir-se significativamente. O grande problema com este argumento é ter sido igualmente usado para justificar a escravatura: "O que vai acontecer aos pobres donos das plantações se proibirmos a escravatura?"
Razão 9: A dieta vegetariana não é saudável. 
Um dos grandes argumentos contra o vegetarianismo é o facto de se pensar que os vegetarianos têm carência em proteínas, cálcio e vitamina B12. Mas o feijão, por exemplo, tem pouco menos proteína que a carne mas sem gorduras saturadas ou colesterol, e muitos produtos de soja são fortificados com cálcio e vitamina B12. Frequentemente, os que têm problemas com o vegetarianismo geralmente não têm uma dieta equilibrada e têm falta de ferro. 
Razão 10: Se não os testássemos em animais, muitas pessoas morreriam ao usar medicamentos pouco seguros. 
Há mais de um século que os animais não humanos são usados em testes de medicamentos e produtos para utilização humana. As razões que justificam a utilização de animais em experiências que não beneficiam a sua espécie são muitas e embocam nas que já foram debatidas.
Para quê usar animais que são geneticamente diferentes do Homem quando, infelizmente, há milhões de pessoas com doenças para as quais ainda não há cura dispostas a permitir que sejam usadas como cobaias em curas experimentais.
Concluindo, há muitas razões para não nos preocuparmos com os animais e para continuarmos a apoiar indústrias que os exploram e matam, infelizmente a maioria delas são estúpidas. 

17 de outubro de 2010

Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza

O Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza surge este ano em plena crise, um momento em que a ameaça da pobreza paira sobre cada vez mais famílias portuguesas. Na sequência da campanha mundial Global Call for Action Against Poverty, tem decorrido em Portugal a campanha  Pobreza Zero.
A pobreza em Portugal é um problema social grave e o seu não reconhecimento tem-se revelado um dos maiores entraves à sua erradicação. Por essa razão, a Oikos e a Pobreza Zero lançaram o desafio Levanta-te Portugal - O Mundo que Queremos, como forma de sensibilizar e mobilizar a sociedade civil para a resolução deste problema.
Mas o facto é que, salienta a Oikos: 1 em cada 5 portugueses vive no limiar da pobreza (21% da população total); 12.4% da população activa ganha o salário mínimo nacional; 10% da população activa está desempregada; 26,3% dos reformados recebe menos de 200€/mês de reforma; 79,4% da população activa não terminou o ensino secundário; 45,5% da população em idade escolar abandona de forma precoce a escola; 8% da população vive em habitações sem condições mínimas.
Por outro lado, continua a Oikos, as 100 maiores fortunas portuguesas representam 17% do Produto Interno Bruto Nacional, Portugal tem a pior distribuição de riqueza no seio da União Europeia com os 20% mais ricos a controlar 45.9% do rendimento nacional.
Por todas estas razões e muitas mais, apela-se ao poder político e económico que reconheça o fenómeno da pobreza como o problema social grave que é e que, com a sociedade civil, encontre soluções adequadas para a sua progressiva erradicação.

16 de outubro de 2010

Dia Mundial da Alimentação

O Dia Mundial da Alimentação tem, em 2010, como tema “O Direito à Alimentação e a Luta Contra a Fome”.
Esta data, que celebra a criação da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), em 1945, uma organização cujo objectivo principal é elevar os níveis de nutrição e desenvolvimento rural, foi festejada pela primeira vez em 1981.
Em Portugal, a Direcção-Geral da Saúde antecipou as comemorações e promoveu, no dia 15 de Outubro, uma sessão comemorativa do Dia Mundial da Alimentação no Anfiteatro da Maternidade Dr. Alfredo da Costa, com entrada livre.
Portugal associou-se assim a esta data e assinalou o dia com uma reflexão sobre o direito a uma alimentação saudável através do consumo de frutos e hortícolas, ilustrada pelo Regime de Fruta Escolar, implementado conjuntamente pelos Ministérios da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Saúde e Educação.
Os temas abordados foram: Aspectos protectores do consumo de frutos e hortícolas na saúde; Singularidades da produção de frutos e hortícolas em Portugal; Dieta atlântica: modo de estar português e Promoção do consumo de frutos e hortícolas em meio escolar.

5 de outubro de 2010

Dia Mundial do Professor

A 5 de Outubro, milhões de professores e funcionários da área de educação juntam-se a crianças, jovens e pais de todo o mundo para comemorar o Dia Mundial do Professor.
Da crise económica global a desastres humanitários, como o terremoto no Haiti ou as enchentes no Paquistão, o papel dos professores tem sido vital para a reconstrução social, económica e intelectual das comunidades em que vivemos e trabalhamos.
Assim, a Education International (EI) tem orgulho de reconhecer a significativa contribuição de todos os professores para a criação de um mundo melhor. A Education International é a voz global de todos os trabalhadores associados à educação, representando perto de 30 milhões de professores e outros trabalhadores através de 401 organizações que dela fazem parte em 172 países.
O secretário geral da EI, Fred van Leeuwen, comentou: "Ser um professor significa pertencer à mais valiosa das profissões. Se as comunidades encaram dificuldades, os professores estão imediatamente presentes na linha de frente para ajudar a promover a recuperação. Infelizmente, em muitos países, ser um professor também significa receber um baixo salário, ser tratado injustamente, ser pressionado e, em alguns casos, temer pela própria vida. Mas mesmo com todos estes desafios, os professores continuam a ser cruciais para a sociedade, ensinando e aumentando a probabilidade de milhões de estudantes mudarem suas vidas".
"Como a UNESCO confirma", continua ele, "'Sem a contribuição dos professores para moldar as reformas educacionais, os processos de recuperação provavelmente não atingiriam a maioria das suas metas'. Numa época em que o mundo enfrenta uma escassez sem precedentes de professores qualificados e quando são precisos mais 10 milhões de professores para alcançar os objectivos acordados internacionalmente para a educação de qualidade a que cada criança tem direito, assinalar o Dia Mundial do Professor é um pequeno passo para homenagear os milhões de heróis extraordinários desta nossa comunidade global."
A EI assinou um documento juntamente com ILO, UNDP, UNESCO e UNICEF, e participa hoje num evento oficial em Paris com professores do Haiti, Lesoto, Mali, Laos, França e Israel, que darão o seu testemunho sobre o papel dos professores na recuperação das suas sociedades.

4 de outubro de 2010

Fertilização in vitro recebe Nobel

Muito poucos cientistas podem dizer que quatro milhões de pessoas estão vivas por causa do seu trabalho mas Robert Edwards é um deles.
O seu trabalho no desenvolvimento da técnica no cerne dessa alegação, a fertilização in vitro (FIV) vale-lhe o prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina deste ano.
Para tornar a FIV possível, Edwards teve que resolver numerosos problemas de biologia básica, alguns dos quais abriram caminho à investigação em células estaminais embrionárias, ao mesmo tempo que enfrentava forte oposição por parte da Igreja, políticos e até de alguns eminentes colegas na Universidade de Cambridge. Com uma personalidade expansiva mas atenta aos outros, Edwards participava abertamente no debate público e ficou magoado pelas acusações de falta de ética no seu trabalho.
Mas graças à sua colaboração com outro contestatário, Patrick Steptoe, obstetra no Hospital Oldham e District General, o primeiro bebé-proveta, Louise Brown, nasceu em 1978. No espaço de cinco anos, 150 bebés-proveta nasceram por todo o mundo. Desde então a FIV vulgarizou-se e Edwards e Steptoe foram aplaudidos por ajudar a dar vida a milhões. Não tivesse morrido em 1988, Steptoe teria provavelmente partilhado o prémio.
Em 2001 Edwards ganhou o prémio Lasker, que frequentemente pressagia o Nobel. Há dois anos ele celebrou o trigésimo aniversário da FIV num simpósio onde se debateu o impacto do seu trabalho a muitos níveis da sociedade , não só na biologia e medicina, mas também na ética, arte e antropologia social.
Actualmente com 85 anos, Edwards está demasiado frágil para entrevista mas a sua esposa referiu à Fundação Nobel a sua alegria pelo prémio. "Nenhum outro cientista poderia ter transformado tantos aspectos da nossa sociedade", diz Martin Johnson, um dos primeiros estudantes de graduação de Edwards e agora professor de ciência reprodutiva na Universidade de Cambridge.

1 de outubro de 2010

Dia Mundial do Vegetarianismo

Hoje é o Dia Mundial do Vegetarianismo, que lança também o Mês Mundial de Consciencialização para o Vegetarianismo.
Já estamos habituados a ler sobre como o consumo de produtos animais é cruel, um argumento importante para quem é defensor dos direitos do animais, mas será essa a razão mais importante para reduzir a quantidade de carne que consumimos?
Para o cidadão médio, os direitos dos animais provavelmente estarão bem abaixo na lista, até porque há outro tipo de razão, como os impactos ambientais negativos da produção, embalagem e transporte da enorme quantidade de carne que o Homem consome. Será que queremos salvar os animais apenas para os condenar a viver num planeta moribundo?
Eis algumas razões ambientais para comer menos carne e obter um planeta mais saudável:
1. Desperdício de recursos
Estamos a caminho de uma crise energética global. Os combustíveis fósseis não são apenas sujos e perigosos, estão a desaparecer. Segundo os estudos mais recentes, a produção de proteína animal para consumo humano exige enormes gastos de combustíveis fósseis, cerca de oito vezes mais que a produção da mesma quantidade de proteína vegetal.
A indústria da carne também está a esgotar a água potável do planeta, pois em todo o mundo está a desviar-se cada vez mais água para criar porcos e galinhas em vez de para a produção de vegetais de consumo directo.
2. Espécies ameaçadas
A criação de campos de pastagem para o gado para consumo humano contribuiu, só nos Estados Unidos, para 26% das espécies ameaçadas de extinção de que há registo.
Um estudo da Universidade da Califórnia estima que cada hamburguer obtido com carne de gado criado em pastagens que foram em tempos floresta tropical causou a destruição de 20 a 30 espécies vegetais, 100 espécies de insectos e dúzias de aves, mamíferos e répteis. Com quilómetros de florestas tropicais a serem abatidos todos os dias, é óbvio que estas estatísticas só podem piorar.
3. Alterações climáticas
Em 2006 as Nações Unidas publicaram um relatório que revelou que a criação de animais para alimentação humana gera mais gases de efeito de estufa do que todos os veículos motorizados existentes no mundo e não apenas porque as vacas arrotam e ...
Quantidades monumentais de estrume, muitas vezes contaminado com produtos químicos e doenças, desflorestação para pastagens, fertilizantes sintéticos usados na produção de rações e os gases de efeito de estufa emitidos pelos meios de transporte, processamento e refrigeração da carne, contribuem para as alterações climáticas que se vão sentindo por todo o mundo.
Segundo um estudo de 2006 realizado na Universidade de Chicago, uma dieta vegetariana reduz as emissões do equivalente a 1,5 toneladas de CO2 por ano, mais do que a tonelada de CO2 que se poupa ao mudar para um carro híbrido.
Por isso, se não tem dinheiro para comprar um carro eléctrico ou não tem coragem de passar a andar só de bicicleta, pode ter um impacto muito superior simplesmente por passar ao lado da banca do talho.
Depois de muitas décadas a comer carne, a ideia de a eliminar completamente da dieta não deve ser muito entusiasmante mas não há pressa: vá comendo menos carne, a um ritmo que lhe seja confortável, senão nunca funcionará.
Experimente a proposta da campanha Meatless Monday, uma iniciativa internacional que tem como objectivo ajudar as pessoas a abdicar da carne um dia por semana. O seu site na Internet fornece receitas, ferramentas e informação nutricional, bem como muitas sugestões, tudo para nos ajudar a sobreviver (e ser feliz) sem carne.