28 de setembro de 2011

Antibióticos a mais = saúde a menos

Portugal está entre os dez países da Europa onde se consome mais antibióticos, ocupando o nono lugar. A informação foi revelada num estudo recente realizado num total de 32 países, numa altura em que morrem todos os anos cerca de 25 mil pessoas na União Europeia devido a infecções graves resistentes aos antibióticos.
José Artur Paiva, coordenador do programa nacional de prevenção, referiu que a atitude dos portugueses tem vindo a alterar-se mas ainda existe um recurso injustificadamente frequente de antibióticos. Segundo dados divulgados, 78% dos portugueses pensa que os antibióticos são eficazes no tratamento de infecções provocadas por vírus, mas isso não é verdade e pode ser negativo, já que o seu uso indiscriminado torna o corpo mais resistente aos antibióticos quando eles são mesmo necessários.
Nesse sentido, e para alertar a população para este problema, será lançada esta quarta-feira uma campanha de sensibilização para o uso correcto de antibióticos.
Quando tomamos um antibiótico para neutralizar as bactérias, também lhes damos a oportunidade de lutarem, se adaptarem e desenvolverem resistências. Os antibióticos têm diferentes acções e podem matar as bactérias ou inibir a sua reprodução, para permitir que as nossas defesas as destruam.
Mas as bactérias podem alterar áreas específicas dos seus genes onde os antibióticos actuam, inactivando-os antes de entrar ou expulsando-os. Depois, além de se replicarem, transferem os genes de resistência a outras bactérias.
Se deixar de tomar o antibiótico antes de a embalagem terminar, por exemplo, não elimina esses microrganismos mais resistentes e prolonga a infecção. Mesmo que se sinta melhor, respeite as tomas e acabe a embalagem.
Medicamentos receitados a outros utentes nunca são opção para si. O antibiótico para uma infecção pode não ser adequado para doenças que surjam no futuro.
Entregue as sobras na farmácia para protecção do ambiente.

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