28 de novembro de 2009

Substâncias causadoras de dependência e seus efeitos

O álcool é uma substância depressora do Sistema Nervoso central (SNC), ainda que tenha efeitos desinibidores. Tem origem em bebidas fermentadas ou destiladas logo o modo de administração é oral. Causa dependência tanto física como psicológica. Os efeitos da utilização habitual, ainda que dependentes do consumidor, do ambiente, da qualidade e da quantidade do álcool ingerido, incluem euforia, desinibição, descoordenação, redução da força e aumento do tempo de reacção. O consumo a longo prazo afecta as relações pessoais e familiares, provoca cirrose, danos cerebrais, depressão e psicose. Em última análise, o excesso de álcool pode provocar coma alcoólico e a morte.
A Canábis (Cannabis sativa) é uma planta da qual se extrai o haxixe (resina das flores e folhas), erva ou marijuana (flores e folhas) e o óleo de haxixe. O tetrahidrocanabinol (THC) é o componente químico responsável pela maior parte dos efeitos destas substâncias. A canábis pode ser fumada ou ingerida, causando dependência psicológica. A utilização habitual leva a relaxamenteo, sonolência, secura da boca, aumento da frequência cardíaca e da tensão arterial, euforia, diminuição das inibições, aumento do tempo de resposta e de apetite. A longo prazo, a canábis provoca debilitação física, falta de motivação, psicose, doenças pulmonares e cardíacas, bem como problemas de memória e aprendizagem. Uma dose excessiva de provocar alucinações e ataques de pânico.

cocaína é uma substância estimulante do SNC extraída das folhas do arbusto da coca (Erythroxylum coca). Esta substância tem geralmente o aspecto de pó branco, podendo ser injectada, inalada ou fumada  mas sempre causando enorme dependência psicológica. A sua utilização habitual provoca dilatação das pupilas, excitação, autoconfiança, irritabilidade, diminuição do apetite e aumento da pressão arterial e ritmo cardíaco. A longo prazo, leva a ulceração do septo nasal (quando inalada), psicose, ansiedade aguda, irritabilidade, depressão, paranóia, alucinações tácteis e insónia. Em caso de sobredosagem (overdose) causa agitação, agressividade, psicose cocaínica, síncope cardíaca, hemorragias cerebrais e tromboses.

O ecstasy, MD ou pastilhas, é uma substância sintética com efeitos estimulantes e psicadélicos, geralmente encontrada sob a forma de cápsulas ou comprimidos coloridos. O seu componente activo é a 3,4-metilenodioximetamfetamina (MDMA). A administração oral destes comprimidos causa dependência psicológica e a sua utilização habitual produz facilidade de comunicação, aumento de energia, elevação do humor, tensão muscular, perda de apetite, náuseas, aceleração do ritmo cardíaco e da tensão arterial, ansiedade, hipertermia e contracção dos músculos da mandíbula. A longo prazo, o seu consumo provoca depressão, cansaço e exaustão, perturbações do sono, paranóia, psicose, arritmia cardíaca, insuficiência renal aguda, hipertensão, lesões hepáticas e redução da imunidade. A overdose com ecstasy provoca desidratação, golpe de calor, agressividade, intoxicação, tudo agravado quando em conjunto com outras substâncias, como o álcool.

A heroína é uma substância depressora do SNC e um analgésico opiáceo muito poderoso. Tem origem na morfina, sustância produzida naturalmente na cápsula da flor da papoila dormideira Papaver somniferum. Apresentada geralmente sob a forma de pós branco ou castanho, a heróina pode ser inalada, fumada ou injectada, causando sempre enorme dependência, tanto física como psicológica. A sua utilização habitual alivia dores e ansiedade, causa bem-estar e euforia, para além de uma depressão do sistema respiratório. A longo prazo provoca letargia, obstipação, disfunções sexuais, amenorreia e um leque de doenças físicas por vezes muito graves (como a SIDA ou as hepatites) que levam frequentemente à morte. A overdose com heroína acentua a depressão do sistema respiratório, provocando edema pulmonar, baixa de temperatura, lesões renais e morte.

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