2 de novembro de 2009

Rastreio à acuidade visual da comunidade escolar

Entre 12 e 22 de Outubro a empresa Essilor Portugal levou a cabo um rastreio de Acuidade Visual aos alunos, aos professores e aos restantes elementos que compõem a comunidade escolar. Esta acção teve como principais objectivos despistar anomalias visuais e, caso existam, encaminhar o examinado para um especialista a fim de ser sujeito a um exame mais cuidado e ser indicada uma solução.
Eis algumas questões que colocámos aos técnicos da empresa:

1. Há quantos anos está a Essilor em Portugal?

A Essilor International S.A. é uma companhia francesa sediada em Paris, produtora de lentes e aparelhos oftalmológicos. Mirão Júnior, que em 1961 se tornaria distribuidor da sociedade francesa Essel. Paralelamente, é constituída em 1955 a Solf, filial da Silor.
Em 1970, é criado em Portugal pela Essilor® o primeiro laboratório de lentes de prescrição em matéria mineral e orgânica. Em 1989, ocorre a fusão das empresas representantes da Essel e da Silor, constituindo-se então a Essilor Portugal.

2. É prática comum da empresa participar neste tipo de iniciativa em contexto escolar?

Este rastreio foi gratuito, inserindo-se numa acção a nível nacional que a Essilor tem vindo a realizar e promovido na Escola Secundária de Amora pelo Projecto de Promoção e Educação para a Saúde. Para que este se concretizasse, a Essilor disponibilizou um técnico devidamente credenciado e o aparelho de despistagem visual.

3. Qual a importância da realização regular de rastreios à visão?

A ambliopia, patologia visual que mais afecta as crianças portuguesas, é quase sempre tratável, mas o diagnóstico e a terapêutica chegam muitas vezes demasiado tarde para permitir uma recuperação total. O problema está no topo das prioridades do Programa Nacional para a Saúde da Visão, cujos principais objectivos são reduzir os problemas de visão não diagnosticados e prevenir a cegueira. Em oftalmologia, a prevenção da doença é o diagnostico.

4. As crianças e jovens têm necessidades específicas relativamente à visão?

As crianças têm necessidades especiais porque a sua morfologia é diferente da dos adultos: nariz achatado, ossos faciais frágeis, pele sensível, bochechas redondas, pequena distância naso-pupilar.
Os olhos das crianças são mais sensíveis e vulneráveis às radiações UV nocivas, uma vez que possuem grandes pupilas e um cristalino extremamente transparente. Antes dos 12 anos, o cristalino não tem capacidade para desempenhar eficazmente a sua função protectora.

5. Quais os principais problemas visuais que o rastreio já detectou entre os alunos da escola?

As principais anomalias visuais das crianças são a miopia (visão de longe difícil), a hipermetropia (dificuldade na visão de perto) e o astigmatismo (visão desfocada).
A criança pode igualmente ser afectada por uma deficiência de visão das cores ou por uma ambliopia, uma anomalia mais grave, mas felizmente mais rara, e sobretudo reversível se for tratada a tempo.
A ambliopia é geralmente consequência de um estrabismo (olho "torto") ou de uma anomalia visual acentuada num dos olhos, que se torna "preguiçoso' o cérebro habitua-se a não o utilizar, e o olho funciona cada vez pior.
Quanto mais precoce for a despistagem desta deficiência, maior a probabilidade de recuperação. Relativamente à visão, a prevenção é a "atitude chave" para que o futuro dos mais jovens não fique comprometido.

6. De que forma a escola pode contribuir para a despistagem e encaminhamento desses problemas?

Estar atento aos comportamentos da criança relativamente ao modo como observa o mundo que a rodeia é fundamental. Alguns sinais de alerta:
• Franze os olhos para ver com nitidez ao longe?
• Escreve ou lê muito perto do caderno ou dos livros?
• Sente dores de cabeça sem causa aparente?
• Troca letras ou números?
A consulta a um especialista poderá esclarecer se existe a necessidade de algum tipo de compensação ocular. Uma escolha adequada do tipo de lentes facilitará a adaptação da criança aos óculos.
A qualidade visual pode ser determinante para o rendimento escolar: 90 por cento da aprendizagem está relacionada com a visão.

7. É verdade que o número de horas que passamos em frente à televisão e computador é prejudicial à saúde dos nossos olhos?

Quando estamos a conversar com alguém piscamos os olhos em média 22 vezes por minuto mas quando estamos a ler piscamos cerca de 12 vezes por minuto e frente ao computador piscamos cerca de 5 vezes por minuto. A nossa concentração diminui o pestanejar e isso aumenta a fadiga ocular e sensação de areia nos olhos, que pode, eventualmente conduzir a inflamações.

8. Uma dica para melhorar a saúde dos nossos olhos.

Para diminuir a fadiga ocular quando se trabalha ao computador, coloque o monitor abaixo do chamado horizonte ocular, para que a pálpebra cubra maior área do olho. Regule a iluminação de forma a que não seja demasiado intensa e não atinja directamente os olhos, permitindo um contraste com os monitores de computador e/ou televisão, evitando os reflexos.
e, muito importante, não se esqueçam de manter as lentes dos óculos sempre limpas e sem riscos.

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